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Brasília

Professores de escolas particulares do DF pedem reajuste de 8,5%

Caso não haja um acordo, há chances dos professores entrarem em greve. Eles vão fazer uma campanha para que os pais se sensibilizem e apoiem

Redação Jornal de Brasília

04/04/2023 5h39

Amanda Karolyne
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Começou a campanha de reajuste salarial para 2023 e 2024 dos professores de escolas particulares do Distrito Federal. O pedido da categoria é por um reajuste de 8,5%, e caso não haja um acordo, há chances dos professores entrarem em greve. Eles vão fazer uma campanha para que os pais se sensibilizem e apoiem os professores das escolas particulares.

Rodrigo Depaula, diretor jurídico do Sindicato dos Professores da da rede particular, explica que a data base da categoria para reajustes é o mês de maio. Então agora, os professores estão em campanha salarial, com o movimento de pedir o apoio dos pais dos estudantes. “Até porque as escolas aumentaram as mensalidades deste ano em média de doze por cento”, adiciona.

Caso os donos das escolas não atendam as reivindicações, Rodrigo explica que é possível que esse ano, após muitos anos, os professores da escola particular entrarão em greve. Então, a categoria pensou na campanha dirigida aos pais, pedindo o apoio, e que eles se informem, para que procurem, por exemplo, qual o salário dos professores da escola particular que os filhos estudam. Isso porque o salário vai variar um pouco, e depende de cada escola. “Cada escola pratica um valor de hora-aula. O que está sendo reivindicado é o valor do percentual de 3% e de 5,5% que é a reposição da inflação. O que seria aproximadamente 8,5%”.

Segundo Rodrigo, todos os anos, por volta do mês de outubro e novembro, as escolas fazem a planilha do ano seguinte de reajuste de mensalidade. E aí um dos motivos que as escolas justificam, é justamente que tem que aumentar a mensalidade, para aumentar o salário dos funcionários”, salienta. Mas, apesar de aumentarem a mensalidade, para um valor que está o dobro da inflação, que esse ano foi 12%, na hora de negociar, as escolas não querem dar o reajuste para os professores. “Então a gente vai fazer esse diálogo com os pais, para eles já ficarem sabendo que a escola aumentou a mensalidade, mas já não estão oferecendo reajuste”, reforçou. Ele acredita, que muitas vezes, o pai paga a mensalidade a título de R$3mil, R$4 mil reais, sem ter noção de quanto a escola paga para um professor. A gente vai estar dialogando com as famílias e pedir o apoio para valorizar os professores da rede particular”.

Em maio, ainda sem uma data certa, vai ser realizada uma assembleia, com um indicativo de greve. “Se não avançarmos na reunião, a gente vai chamar agora no fim do mês uma assembleia com indicativo de paralisação”.

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