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Brasília

Presos de facções rivais colocam fogo em celas no presídio de Formosa (GO)

Arquivo Geral

30/08/2018 21h37

Divulgação/Governo de Goiás

Ana Lúcia Ferreira
[email protected]

Inaugurado há menos de 1 ano, o Presídio Estadual de Formosa (GO), na Região Metropolitana do DF, é abrigo de presos perigosos no sistema carcerário do país. O prédio com 6 mil metros quadrados de área edificada, sala de aula, pátio de sol, área para atendimento psicológico e espiritual, e galpões e guaritas de segurança, parece não ter cumprido o objetivo de contribuir para a melhoria do sistema prisional goiano, que conta, atualmente, com cerca de 20 mil detentos.

Nessa quinta-feira (30), presos de facções rivais iniciaram um tumulto e colocaram fogo em algumas celas e na área destinada a visitas íntimas. A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que o motim foi  contido logo após seus início, por volta das 17h, pelos agentes de plantão. O Grupo de Intervenção Tática (GIT), a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros também foram acionados para estabelecer a ordem no local.

No mês passado, dois detentos que cumpriam pena no presídio foram mortos por presos de facções rivais. O crime ocorreu logo após o horário de visita na unidade. Na época do crime a DGAP informou que Ítalo Leandro Rodrigues de Medeiros, 33 anos, condenado por roubo a estabelecimento comercial, e Wanderson Rithiele Assis Santana, 28 anos, que cumpria pena por homicídio, lesão corporal e ameaça, tiveram desentendimentos com outros presos e foram mortos antes de retornarem para a cela.

O presídio tem capacidade para 300 vagas, todas preenchidas atualmente, e custou R$ 19 milhões. O prédio tem dois pavilhões de celas cuja capacidade varia de uma a oito vagas, de acordo com a necessidade dos gestores de separar os detentos por nível de periculosidade. Além das vagas coletivas, o local é dotado de quatro celas para isolamento. Formosa conta ainda com outras duas unidades em funcionamento: a Cadeia Pública e a Casa de Prisão Provisória (CPP).

Fugas em presídios no Entorno

Quarta mais populosa do Brasil, a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) tem 19 unidades prisionais, além do Complexo da Papuda. A reportagem realizada pelo Jornal de Brasília no mês passado mostrou que juntos, eles abrigam quase 20 mil detentos dos regimes provisório, semiaberto ou fechado – e não são raros casos de fugas. Somente neste ano acontecerem ao menos nove casos.

Segundo o DGAP, o Governo de Goiás trabalha em novas vagas com a construção de presídios. Além disso, está em andamento um concurso público para a contratação de 500 novos agentes penitenciários goianos.


Memória

6 de janeiro. Luziânia. Onze presos responsáveis pela limpeza do corredor e fornecimento de alimentos para os internos fugiram. Eles serraram e estouraram os cadeados e a grade da cela 4 da ala A. Um detento chegou a filmar a ação.

17 de fevereiro. Anápolis. Quatro detentos escaparam após serrarem a grade de um corredor. Dois dias depois, presos tentaram fugir da mesma forma e foram impedidos por um militar, que disparou.

26 de fevereiro. Águas Lindas de Goiás. Nove presos fugiram por um buraco na parede dos fundos na cela 4B, que dá acesso à rua.

20 de março. Cristalina. Pelo menos 18 presos fugiram depois de quebrar a laje de uma das celas.

13 de julho. Formosa. Dois detentos fugiram após o banho de sol. Um guaritas de segurança avistou a ação, acionou os alarmes e, com apoio da PM, capturou a dupla.

16 de julho. Luziânia. Quatro presos serraram as grades, invadiram o consultório médico, subiram ao telhado e fugiram do local.

22 de julho. Cristalina. Quatro presos fugiram após abrirem um buraco no teto da cela. Eles teriam assaltado um ônibus em seguida.

27 de julho. Luziânia. Dez detentos tentaram fugir, mas agentes flagraram os presos escondidos em um banheiro do pátio com uma pequena serra, um celular e lençóis.

29 de julho. Luziânia. Dois dias depois da fuga frustrada, cinco detentos arrancaram uma barra de ferro e saíram. Eles aproveitaram o momento em que ag

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