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Brasília

Porta-voz diz que PCDF não terá “benevolência” caso dono de helicóptero com cocaína seja culpado

Envolvimento com tráfico de drogas é inaceitável para instituição, e caso será tratado com rigor, alerta delegado

Lucas Neiva

08/08/2021 17h31

Foto: Ciopaer/MT

O agente papiloscopista da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Ronney José Barbosa Sampaio, está sob investigação pela Corregedoria-Geral da corporação em função de sua posse do helicóptero que caiu em Mato Grosso transportando uma carga de mais de 270kg de cocaína. Inquérito tem prazo legal de 90 dias para ser entregue ao judiciário, e de acordo com porta-voz da instituição, a expulsão de Ronney é garantida caso sua participação seja confirmada.

“Se tudo provar que realmente era traficante, com certeza, a nossa conjuntura é muito atuante. Não é qualquer intenção da gente favorecer policial que não está atuando conforme a lei”, declarou o delegado Darbas Coutinho, chefe da Assessoria de Comunicação da PCDF. “Se confirmado que ele era traficante, não teremos qualquer tipo com benevolência”, reforça.

Entenda o caso

Uma aeronave pertencente a Ronney caiu no município de Poconé, no estado do Mato Grosso, no último dia 1º. Dentro do helicóptero estava uma carga de mais de 270kg de cocaína, avaliada em mais de R$7milhões. A aeronave era apenas uma das cinco registradas no nome do papiloscopista na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Um inquérito policial foi aberto pela Polícia Federal para investigar a tentativa de tráfico de drogas.

Além de envolver órgãos policiais do DF, União e MT, a investigação também foi levada para agências de segurança do Rio de Janeiro, terra de origem do piloto do helicóptero, o terceiro-sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do RJ Alberto Pinheiro Pinto Júnior. O bombeiro estava em licença médica na data do ocorrido, servindo em uma unidade em atuação no município de Nova Friburgo.

Alberto ainda tentou se esquivar da situação, apresentando-se como mecânico no momento em que foi encontrado pelas autoridades policiais no local da queda do helicóptero. Um inquérito foi aberto na Polícia Militar do Rio de Janeiro para apurar sua situação, e o bombeiro se encontra detido em um presídio militar no Mato Grosso.

A aeronave também estava em situação irregular. Dentro da Força Aérea Brasileira (FAB), o helicóptero estava com seu registro de aeronavegabilidade cancelado, não estando autorizada a realizar voos. Na mesma situação se encontram outros dois helicópteros registrados no nome de Ronney Sampaio.

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