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Brasília

Polícia encontra R$ 380 mil com donos de supermercados do DF

A megaoperação apontou como suspeitos de sonegação um empresário do ramo de hortifruti e o dono de uma rede de supermercados do DF

Redação Jornal de Brasília

17/02/2022 19h39

Foto: Divulgação/PCDF

Por Evellyn Luchetta e Tereza Neuberger
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Sonegação de impostos, lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos e falsidade ideológica, foram apontadas na megaoperação Celare da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta quinta-feira (17). O valor pertencente aos empresários Marcelo Perboni e Danilo José Bernardo Guinhoni, encontrado chegou R$ 380 mil.

Marcelo é empresário do ramo de hortifruti e Danilo é dono da rede de supermercados Dona de Casa, os dois estabelecimentos são muito conhecidos no Distrito Federal. A acusação é de que os dois utilizavam empresas para não pagar impostos.

O dinheiro foi encontrado durante o cumprimento dos 32 mandatos de busca e apreensão no DF, em Goiás e Minas Gerais. Os alvos eram imóveis dos investigados que estavam espalhados entre esses locais.

Ao todo, durante a ação nesta manhã, participaram da operação 160 policiais e 16 auditores. Na residência de um dos alvos da operação, as equipes apreenderam R$ 120 mil em espécie, o restante do valor foi apreendido em outro local. A grande quantia em dinheiro foi encontrada guardada em uma caixa. Além da residência dos investigados foram realizadas buscas nas empresas do grupo e em um escritório de contabilidade.

Coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT) e vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da PCDF, a ação começou a ser investigada em 2018, depois de um relatório da Subsecretaria da Receita do DF.

A apuração identificou que a rede de supermercados estava atuando de forma semelhante a um grupo criminoso investigado pela Operação Invoice, deflagrada no mesmo ano. À época, empresários foram presos suspeitos de integrar um esquema criminoso que sonegou R$ 12 milhões em impostos.

Sonegação

O esquema se baseava em uma tentativa de driblar a Secretaria da Fazenda. Os empresários usavam empresas de fachada e faziam o uso de laranjas para não pagar a quantia devida ao governo.

As empresas informavam o recolhimento de tributos que, na verdade, não eram pagos, dessa forma as empresas da rede varejista investigadas eram beneficiadas.

De acordo com os investigadores, os empresários não teriam nada a pagar, já que os impostos ficavam concentrados na empresa de fachada. As investigações apontam para existência de um forte entre os investigados e os “laranjas”.

As empresas atacadistas, ao deixarem de recolher os tributos, ficavam com uma grande dívida tributária que não podia ser cobrada, já que não havia condições financeiras dos laranjas quitarem o débito. Dessa forma, essas empresas varejistas seguiam de forma regular perante a Receita Federal.

Se condenados pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, uso de documento falso e falsidade ideológica, os suspeitos podem pegar até 23 anos de prisão.

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