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Brasília

PCDF procura por golpistas foragidos da Justiça

Os foragidos são Daniel Soares Sampaio, 37 anos, Jaqueline de Moura Félix da Silva, 20 anos e Elvis Viana Ribeiro, 28 anos

Redação Jornal de Brasília

22/09/2021 8h47

Foto: divulgação/PCDF

Na manhã desta quarta-feira (22), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF0 divulgou as imagens de três foragidos da Justiça acusados de participar de uma associação criminosa especializada na prática de crimes de furto mediante fraude, na modalidade do golpe do motoboy, e lavagem de capitais.

A operação Trapped da PCDF e Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCESP) cumpriu 10 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva, na capital paulista, em desfavor de dois homens, de 28 e 37 anos, e uma mulher, de 28 anos, identificados como executores diretos do crime.

Agora, a PCDF procura por 3 pessoas, dois homens e uma mulher. Os foragidos são Daniel Soares Sampaio, 37 anos, Jaqueline de Moura Félix da Silva, 20 anos e Elvis Viana Ribeiro, 28 anos.

Operação Trapped

As investigações foram iniciadas em julho deste ano, após um idoso de 77 anos, morador do Lago Sul, ter sido vítima do golpe, com prejuízo de R$ 70 mil. A apuração revelou que a associação criminosa — integrada por criminosos do Estado de São Paulo — possui caráter itinerante e interestadual, ou seja, tem atuação em diversos estados da federação, com o objetivo de dificultar a atuação da Polícia Judiciária.

O golpe aplicado pelos criminosos tem como principal instrumento o emprego de engenharia social — que consiste na manipulação psicológica da vítima, para que ela forneça aos criminosos informações confidenciais, como senhas e números de cartões.

De acordo com o delegado Thiago Carvalho, coordenador da operação, a fraude, em regra, apesar de algumas variações, tem início com uma simples ligação. Os criminosos ligam para as vítimas, em sua maioria idosa, se passando por funcionários da central de segurança do banco e solicitam a confirmação de uma compra suspeita — que nunca existiu — realizada no cartão de crédito.

“A vítima diz não reconhecer o gasto e os fraudadores afirmam que o cartão foi clonado, orientando-a a entrar em contato com a operadora do cartão, para que seja efetuado o bloqueio”, explica o delegado.

As investigações comprovaram ainda que os golpistas permanecem na linha e a vítima, ao discar o 0800 da central de atendimento da operadora de cartão, é atendida pelos próprios criminosos, que permanecem segurando a linha.

“A vítima, então, é orientada a fornecer a senha do seu cartão, para fins de bloqueio, e informada que um funcionário do banco irá até sua residência efetuar a coleta do cartão, para fins de perícia. Em prosseguimento, o suposto funcionário vai até a casa da vítima, geralmente um “motoboy”, efetua a coleta do cartão e, a partir daí, com o cartão e senha em mão, começam a ser efetuadas transações financeiras com o uso do cartão da vítima, geralmente, utilizando maquinetas de cartão, cadastradas no CNPJ de empresas de “fachada”, ou no CPF de laranjas ou dos chamados “auxiliares financeiros, dificultando, assim, a identificação dos autores e conferindo aparente legalidade aos valores auferidos com a prática criminosa”, destaca Carvalho.

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