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Brasília

PCDF mira grupo criminoso que vende iPhones roubados/furtados

Após furtar o aparelho, criminosos enviavam uma falsa mensagem da Apple para solicitar o bloqueio do telefone e acessavam a senha do usuário

Tereza Neuberger

02/02/2023 18h20

Atualizada 04/02/2023 14h04

A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito Federal (DRCC/PCDF), em conjunto com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriram mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (02) nas cidades do Riacho Fundo-DF e Ipatinga-MG. A ação resultou na prisão de um homem de 23 anos, suspeito de integrar uma associação cibercriminosa.

O jovem trabalhava no ramo de compra e venda de celulares, e foi preso em sua residência no Riacho Fundo. Com ele, foram encontrados vários aparelhos celulares. “Nós já confirmamos que quatro aparelhos apreendidos são produtos de roubo/furto”, afirma o Delegado Dário Freitas. Também foram encontrados na residência do suspeito durante as buscas, 33 comprimidos de extasy e MD – Metanfetamina, além de balança de precisão e sacos para embalar a droga.

De acordo com as investigações, os criminosos receptavam celulares da marca iPhone e posteriormente encaminhavam uma mensagens para as vítimas, para que fosse efetuado o bloqueio do aparelho. Na mensagem continha um link para uma tela falsa da Apple, que solicitava o fornecimento da senha de acesso ao aparelho furtado/roubado como condição para confirmar o bloqueio do celular junto a empresa.

Após receber a senha fornecida
pelas vítimas, os criminosos s desbloqueavam os aparelhos roubados/furtados e vendiam os
celulares em uma importante plataforma de compra e vendas na internet. As notas fiscais fornecidas eram falsas, enganando diversos compradores do Distrito
Federal.

Pela prática, em tese, dos crimes de associação criminosa, receptação, estelionato, falsificação de documento particular, tráfico de drogas e lavagem de capitais, os investigados poderão receber pena de até 26 anos de prisão.

No total, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão contra três investigados. A operação interestadual foi batizada de “Maçã Envenenada 2”. Cerca de 20 policiais participaram da operação, sendo 5 em MG e 15 no DF.

Segundo a especializada, os sites falsos da empresa Apple utilizados para enganar as vítimas eram hospedados na Rússia e nos Estados Unidos. Para rastrear os sites falsos nos Estados Unidos, a PCDF contou com o apoio da Coordenação de Cooperação Jurídica em Matéria Penal do Ministério da Justiça e com o U.S. Department of Justice.

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