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Brasília

Patrimônio: Secretaria de Educação e Iphan fecham parceria

O projeto pretende, em cinco anos, promover Brasília como cidade consciente de seus patrimônios, por meio da educação

Vítor Mendonça

11/02/2020 16h03

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Foi assinado entre a Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal (SEE/GDF) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, nesta terça-feira (11), o Acordo de Cooperação e Educação Patrimonial 2020-2025. O projeto pretende, em cinco anos, promover Brasília como cidade consciente de seus patrimônios, por meio da educação. O evento inaugurou as comemorações dos 60 anos da capital e 30 anos de tombamento.

A integração está materializada no livro infantil também lançado na cerimônia. Intitulado “Athos: colorindo Brasília”, o livreto é voltado para as crianças das escolas públicas do Distrito Federal, a fim de gerar a consciência da capital como um patrimônio a ser valorizado e conservado a longo prazo. No conteúdo, as crianças têm opções de atividades como desenho, escrita e jogos. A publicação do livro, em segunda reimpressão, foi financiada pelo Banco de Brasília (BRB).

“A educação é o único meio de transformação um país e de uma cidade na construção de uma vida melhor para as pessoas. Essa ação de hoje representa muito isso”, destacou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. “O livro retrata o patrimônio de Brasília de forma muito singela, comentado, ilustrativamente, por Athos Bulcão sobre a importância de se conservar a nossa cidade”, continuou.

O secretário de Educação do GDF, João Pedro Ferraz, descreveu a iniciativa como de suma importância para aqueles que herdarão a cidade tombada como patrimônio histórico. “É um privilégio nosso. Mas um privilégio que nos impõe um ônus de preservá-la. A Secretaria de Educação quer educar os verdadeiros donos e proprietários dessa cidade, que são os estudantes. Brasília é um patrimônio eterno”, colocou.

De acordo com o superintendente do Iphan-DF, Saulo Diniz, está sob responsabilidade da nova gestão a busca e estabelecimento dos melhores caminhos para que a conservação da cidade seja sustentável. “Não podemos esperar que Brasília caia para depois tomarmos uma ação, vamos focar em ações preventivas. Temos que preservar e deixar a capital para o futuro. Vamos trabalhar juntos porque a missão é grande”, finalizou.

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Turismo

Por ser a capital da Federação e completar 30 anos de tombamento como Patrimônio Cultural da Humanidade, é natural que Brasília receba muitos turistas vindos do Brasil. No mês passado, a cidade foi elencada como o 8º destino do país a mais atrair visitantes para as férias de verão. Em pesquisa levantada pelo Google, a capital foi a 4ª do ranking das cidades mais procuradas em pesquisas para aproveitar o período de descanso.

Eis mais um motivo para que Brasília tenha planejamento para se manter conservada. Apesar de entrar na melhor idade neste ano, a capital ainda mantém os princípios que a faz nova e moderna. Segundo a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, a cidade conta com o apoio do Ministério do Turismo. “Existe um programa nacional chamado ‘Patrimônio do Turismo’, que foi elaborado para implementar uma série de ações nas capitais. Como somos a capital do país, há uma atenção maior porque os órgãos federais estão aqui”, comentou.

De acordo com a secretária, a pasta tem elaborado ações para promover Brasília não somente para o Brasil, mas também para o mundo; a expectativa é expandir os olhares para a capital. “Vamos ativar Brasília nas feiras nacionais realizadas pelo Ministério do Turismo, como também nas feiras internacionais, no sentido de promover os todos os setores e locais turísticos da cidade.”

Vanessa citou ao Jornal de Brasília que uma das ações práticas é a reforma da Torre de TV, com o investimento de 40 milhões, custeados pelo BRB; bem como o planejamento para reabertura da Torre Digital. Para a chefe do turismo local, todos ganham. “Para nossa população, além de imprimir que somos um destino turístico, vamos trabalhar pelas Regiões Administrativas também. Estamos conversando com todos os administradores para abrir centros de atendimento aos visitantes e cidadãos locais. A cidade quando é boa para a população, é melhor ainda para o turismo”, finalizou.

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Gestão estratégica

Outro órgão que estará mais próximo aos trabalhos de revitalização do Iphan é a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), responsável pelo planejamento urbano do Distrito Federal. A ação pragmática e conjunta com o GDF é bem avaliada pelo chefe da pasta, Mateus Leandro de Oliveira.

“Estamos muito felizes com esse trabalho que está sendo feita pela nova gestão do Iphan. A integração entre os técnicos da Seduh de todo o DF com os técnicos do instituto tem sido a melhor possível no sentido de construir soluções para conciliar preservação do patrimônio com desenvolvimento urbano”, disse o secretário.

Patrimônio preservado

Estará sob gerenciamento do Iphan o mapeamento de cada monumento e bem tombado de Brasília, dentro da área dos 112,25 km² estabelecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1990 — o espaço determinado é a maior extensão tombada do mundo. A primeira construção a receber a avaliação será a Praça dos Três Poderes, que terá como gestores da obra o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Secretaria de Cultura do DF. A Igrejinha será o segundo bem a ser recuperado.

Na lista do mapeamento, estão, por hora, os monumentos da Praça dos Três Poderes; o Palácio do Itamarati; o Palácio da Justiça; a Torre de TV; a Catedral; o Catetinho e a Igrejinha.

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