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Brasília

Partos cesáreas no Hospital Regional do Gama oferecem “hora de ouro” a mães e bebês

Revitalização no centro cirúrgico permite o contato pele a pele precoce, imediatamente após o nascimentor

Redação Jornal de Brasília

17/11/2023 0h03

O Hospital Regional do Gama (HRG) iniciou nesta semana um atendimento às mulheres que passaram por parto cesárea com o padrão classificado como “hora de ouro”. Isto é, no qual há promoção do contato pele a pele precoce, logo após o nascimento, conforme as normas da Organização Mundial de Saúde. A melhora no serviço veio com as adequações no centro cirúrgico da unidade, que agora conta com uma sala de recuperação pós-anestésica exclusiva às mães. Também passou a ser garantido o direito de a mulher ter o seu acompanhante de escolha desde a recepção do hospital até a alta.

“Eu achei tudo muito bacana. Ela foi bem atendida aqui”, conta Gerlene Ferreira da Silva, 58, que acompanhava a filha Juana do Nascimento, 22, na sala de recuperação nesta quinta-feira (16). O bebê, Abmael Lorenzo, já havia passado por avaliação médica e estava nos braços da avó enquanto a mãe se recuperava da anestesia.

O espaço que Gerlene, Juana e Abmael ocuparam está totalmente revitalizado. Ao longo de 20 dias de serviços, a sala recebeu melhorias na pintura, teto, piso, portas, partes elétrica, hidráulica e de gases. Há também separação das parturientes de outros pacientes de cirurgia geral, evitando infecções. São três leitos exclusivos às mães e três aos bebês, havendo a possibilidade, sempre que possível, de ficarem juntos durante todo o tempo. As mulheres permanecem ali por duas a quatro horas com seus filhos, possibilitando, inclusive, iniciar o processo de amamentação já na primeira hora de vida.

“O contato pele a pele logo após o parto fortalece o vínculo entre mãe e filho, contribui para o sucesso do aleitamento e na recuperação da mulher, além de ajudar nos sinais vitais do bebê”, explica a enfermeira Laire Camargo. Coordenadora da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) no HRG, ela lembra que o hospital vai passar ainda este ano por uma avaliação do Ministério da Saúde e que a revitalização será fundamental para manter essa certificação, um reconhecimento à qualidade do atendimento.

Alta demanda

Apenas neste ano, o HRG tem mantido uma média superior a 120 cesáreas por mês. Para isso, uma das seis salas cirúrgicas se mantém reservada a esse tipo de procedimento. O hospital conta com oito leitos de unidades de cuidados intermediários neonatal e serviços complementares, como banco de leite.

“Fazemos um atendimento humanizado às grávidas. O momento da gestação é muito bonito, mas é também cercado de fragilidades. Então, precisamos de um ambiente que proporcione o bom atendimento. Estamos constantemente trabalhando para melhorar a qualidade do hospital”, garante o diretor substituto do HRG, Ruber de Oliveira Gomes.

As adequações foram realizadas por meio do contrato de manutenção regular, assinado pela Secretaria de Saúde (SES-DF) em 2022. Ao todo, a pasta fez um investimento de R$ 74 milhões para garantir o funcionamento de 297 unidades.

Nos corredores do HRG há melhorias prontas ou em execução. Nas áreas de emergência, por exemplo, foram instaladas portas para controle de fluxo e dar mais eficiência aos novos aparelhos de ar-condicionado. Também foi revitalizado o piso por onde passam os carrinhos com refeições e rouparia. Houve, ainda, melhorias na área de acessibilidade.

“Com o contrato de manutenção conseguimos ter uma previsibilidade e fazermos um planejamento. Além disso, fazemos todos os serviços sem a interrupção dos atendimentos”, destaca o diretor administrativo da Região Sul de Saúde, Diego Fernandes, responsável pela manutenção de todas as unidades da SES-DF no Gama e em Santa Maria.

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