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Brasília

Paralisações prejudicam comércio de flores neste Dia dos Finados

As vendas de arranjos naturais em frente a cemitério foram comprometidas em razão dos bloqueios nas estradas

Vítor Mendonça

02/11/2022 15h02

Foto: Vítor Mendonça

Os comerciantes de flores do cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, tiveram as vendas prejudicadas devido aos bloqueios de vias que acontecem em todo o país. Dependentes das mercadorias que vêm do Sudeste do país, neste feriado de finados (2), os vendedores esperam queda no faturamento para este que seria o melhor dia de vendas do ano.

De acordo com um dos vendedores em frente ao cemitério, Carlos Rezendo, 65 anos, o comércio está se sustentando com o estoque anterior às paralisações, mas a arrecadação poderia ser maior. “As vendas estão razoáveis por conta da chuva de hoje mais cedo, mas principalmente por conta da falta de mercadorias que vinham de São Paulo”, afirmou.

O homem conta que, devido a esta variável, que não esperavam, deixarão de arrecadar cerca de 50% do que poderiam, uma vez que os produtos que deveriam chegar correspondiam à mesma porcentagem do que possuíam para este feriado.

Foto: Vítor Mendonça

“Faltaram muitas mercadorias. Eram vasos pequenos, arranjos e flores. Prejudicou bastante todo mundo. […] Não sabemos quando vão chegar, porque a essa altura, as flores já estragaram e provavelmente terão de voltar para trazer novamente”, destacou. “Estaríamos faturando mais.”

Justamente as flores naturais que vinham nos caminhões são as que os clientes mais pedem. “Faltaram muitas rosas, que vêm de Holambra, em São Paulo. Por conta da paralisação, deixamos de arrecadar um lucro bom, por volta de 70%”, destacou. “Quem trabalha com produtos é contra essa manifestação.”

“Fica um sentimento de frustração. Era para ser um ano bom, mas não foi. Mas com o que temos, estamos vendendo”, finalizou.

Na barraca vizinha, por pouco a mesma situação não ocorreu. De acordo com o comerciante Natanael Santos, 41, o estoque pôde ser renovado porque o esquema de abastecimento é diferente e aconteceu na semana passada. Ele tem consciência de que se não fosse a chagada antecipada da mercadoria, teria o mesmo prejuízo dos colegas de venda.

“Se tivéssemos pegado a mercadoria depois, tínhamos ficado sem nada. […] Ainda não nos influenciou, mas acredito que na semana que vem vamos sentir o impacto porque a mercadoria já está parada no meio do caminho. Já estamos esperando que diminua um pouco caso continue a paralisação”, disse.

Foto: Vítor Mendonça

Há seis anos no comércio de flores em frente ao cemitério Campo da Esperança, ele afirma que o movimento neste ano está sendo bom e dentro da normalidade. No ano passado, a quantidade de pessoas, porém, foi maior, devido a certo acúmulo da demanda vinda de 2020 para o dia de finados.

“Quando acabou a chuva, o movimento melhorou. Ontem [1°] também devemos uma boa movimentação, porque muita gente queria evitar o trânsito”, destacou. “Com o que temos aí vamos conseguir vender durante o restante do dia”, finalizou.

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