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Brasília

Parada LGBTS do DF reúne 20 mil simpatizantes da causa na Esplanada

Arquivo Geral

26/06/2016 22h27

Atualizada 27/06/2016 10h32

Foto: Kleber Lima

Altieres Losan

Bandeiras arco-íris, plumas, purpurina, música e muita alegria enfeitam a Esplanada dos Ministérios. Concentrados em frente ao Congresso, cerca de 20 mil pessoas estiveram presentes na 19ª Parada do Orgulho LGBTS de Brasília. O movimento tem como tema “2.615 já!”, que reivindica a regulamentação da lei que determina punições a quem praticar discriminações por orientação sexual. Além disso, as vítimas do massacre de Orlando também foram lembradas com homenagens.

Muita gente estava na Parada tirando fotos de todo o evento. Já Sander Gomes, maquiador de 22 anos, era requisitado para que tirassem fotos com ele. Isso porque ele foi para fantasiado de diabo. “Eu vim como diabo para representar a sociedade que nos julga como uma coisa ruim, apesar de não sermos”, explicou. Ele, que já tinha ido a outras três paradas, disse que sempre vai fantasiado: “Já vim até de Lady Gaga”.

“É um momento muito importante. É a maior manifestação dos direitos humanos que nós temos”, garantiu Michel Platini, organizador do evento. Ele explicou o motivo de o foco da edição ser a Lei 2.615: “Quando a lei foi aprovada, em 2000, o Rollemberg era deputado distrital e pediu para incluir o nome dele. Agora ele é o governador e está segurando a regulamentação. Queremos uma posição clara dele sobre isso”.

Por outro lado, o organizador afirmou que possui boas notícias para a sociedade LGBTS de Brasília. De acordo com pesquisa organizada por eles, a discriminação por orientação sexual no DF diminuiu nos últimos nove anos. “Nós fizemos uma pesquisa com 357 integrantes do seguimento LGBTS e descobrimos que 51% deles já sofreu discriminação. Em 2007, essa mesma pesquisa foi feita e, à época, o número era de 64%. Ainda não é suficiente, mas diminuiu muito”, comemorou.

Platini também comentou que a Parada prestava homenagens às vítimas do atentado em uma boate gay em Orlando, no último dia 12: “Nossa camisa, que geralmente é branca, dessa vez é preta em luto por eles. Também soltamos 49 balões, representando cada uma das vítimas”.

A concentração da Parada foi marcada para as 14h em frente ao Congresso Nacional. De lá, eles subiram o Eixo Monumental, passaram pela Rodoviária, seguiram até o Memorial JK e o ponto final é na Torre de TV.

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