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Brasília

Pandemia no DF: pesquisa com plasma aguarda autorização

Etapas preliminares para o início da pesquisa estão concluídas, restando aprovação por parte da Comissão Nacional de Ética para que possa começar

Lucas Neiva

19/05/2020 9h00

Em um esforço conjunto com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SeS) e com a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), um projeto de pesquisa coordenado pela Universidade de Brasília procura desenvolver um tratamento para a covid-19 utilizando o plasma sanguíneo de pessoas que já desenvolveram imunidade contra a doença. As etapas preliminares para o início da pesquisa já estão concluídas, restando apenas a aprovação por parte da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa para que possa começar.

Outras pesquisas do tipo já estão sendo realizadas em outros estados brasileiros. A proposta é extrair os anticorpos de pacientes que já tenham se recuperado da doença para que combatam o vírus no corpo do paciente doente. Se a pesquisa for bem sucedida, o tratamento permitirá inverter o cenário da pandemia. “O que a gente espera é diminuir o número de pessoas com a forma moderada da doença de desenvolver a forma grave”, afirma o professor de medicina da UnB André Nicola, coordenador do projeto.

A extração e transferência dos anticorpos é feita a partir da transfusão do plasma sanguíneo, a parte líquida do sangue. Esse procedimento já é adotado no tratamento de outras doenças, e costuma apresentar resultados promissores. O plasma é separado de forma mecânica do sangue extraído, utilizando equipamento já disponível na Fundação Hemocentro.

A pesquisa é dividida em três etapas. A primeira é o recrutamento e triagem dos doadores: pacientes que atendam o perfil desejado para a doação de plasma são convidados a participar do projeto, e em seguida são entrevistados para confirmar se a coleta de sangue é segura tanto para o doador quanto para o receptor. Pessoas com doenças que tornem a extração perigosa para o doador são eliminadas.

A segunda etapa é a coleta de material. Uma amostra de sangue é coletada do paciente, e o plasma é extraído da amostra. Esse plasma então passa por testes para garantir se atende aos padrões desejados de qualidade e segurança, e por fim é congelado para que possa ser armazenado.
A terceira etapa é realizada nos hospitais. Os voluntários para o teste são divididos em dois grupos: um de controle, que receberá o tratamento padrão para o covid-19, e um de receptores, que, além do tratamento padrão, receberá uma transfusão do plasma.

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