O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) conseguiu diminuir o número de queda de pacientes na unidade de cirurgia-geral. Na última sexta-feira (10), o Hran chegou a 100 dias sem registros desta natureza.
Segundo a Secretaria de Saúde, a queda de pacientes em ambientes hospitalares é algo difícil de se evitar, pois pois a maior parte desses acidentes ocorre porque a pessoa está impossibilitada de se equilibrar em pé normalmente.
Uma das medidas que o Hran adotou foi colocar pulseiras de cor laranja em pacientes com mais chances de sofrer o acidentes. “Utilizamos uma escala para avaliar quais pacientes têm mais riscos de sofrer quedas. Assim, desencadeamos medidas preventivas, como calçados antiderrapantes, orientações para os familiares tomarem cuidado redobrado e grades mais elevadas nas macas”, detalha a chefe do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente do Hran, Janine Montefusco.
Janine explica os riscos de uma queda. “Podem causar diversos danos ao paciente – desde físicos, como fraturas e escoriações, a psicológicos, como a perda da confiança”, explica. “Ter 100 dias sem esse tipo de evento adverso comum significa muito, pois foi evitado um agravo do quadro clínico deles, o que contribui na recuperação.”
Agora, a meta é bater o recorde de 135 dias sem quedas de pacientes, atingidos no ano passado. “Vamos orientar mais ainda os pacientes e seus acompanhantes, fazendo reuniões semanais com os familiares para ajudarem a prevenir”, ressalta a gestora.
Projeto Paciente Seguro
As medidas adotadas pela unidade fazem parte do projeto Paciente Seguro, desenvolvido pelo Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), em parceria com o Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional (Proadi), da rede de saúde pública.
A iniciativa pretende melhorar a segurança do paciente em hospitais públicos localizados em 15 unidades da federação, com base no Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).