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Brasília

ObservaDF: projeto analisa cenários socioeconômicos da capital federal e a relação com as políticas públicas

Já na primeira pesquisa apresentada, pesquisadores avaliam os impactos da pandemia para os moradores da cidade

Redação Jornal de Brasília

16/11/2021 20h00

Atualizada 17/11/2021 11h15

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Para conhecer melhor aspectos socioeconômicos da população do Distrito Federal e as ofertas de políticas públicas, bem como sua gestão e impactos, o projeto Observatório de Políticas Públicas do DF (ObservaDF) apresenta nesta quinta-feira (18/11) sua primeira análise em transmissão ao vivo a partir das 10h, pelos canais do YouTube e no Facebook. Com isto, serão apresentadas 11 pesquisas, uma a cada mês, sendo a primeira já divulgada no lançamento.

Vinculado ao Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília e ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, o ObservaDF vai investigar e analisar dados sobre 6 eixos principais: políticas públicas em áreas prioritárias, como: saúde, educação, desenvolvimento econômico, segurança pública, meio-ambiente, assistência social, mobilidade urbana; política orçamentária; gastos públicos; qualidade do serviço público na percepção da população; mapeamento dos principais problemas das localidades do DF; mapeamento das potencialidades econômicas do DF.

Na equipe estarão os pesquisadores Lucio Remuzat Rennó Junior, Ana Maria Nogales Vasconcelos, Andrea Felippe Cabello e Frederico Bertholini Santos Rodrigues.

A pandemia como primeiro objeto de estudo

O primeiro tema apresentado é “A pandemia e a economia do DF: as vítimas de vulnerabilidade estrutural”. A pesquisa foi em busca de respostas mais específicas diante dos impactos da pandemia da Covid-19 na capital federal.

Na primeira observação do estudo, é possível verificar que as áreas centrais e a periferia metropolitana foram afetadas de formas diferentes, bem como grupos sociais distintos foram impactados de forma distinta. Para se ter uma ideia, a taxa de desemprego nas regiões mais pobres é superior à taxa de desemprego em todo o DF, chegando a ser praticamente o dobro em relação ao grupo de renda média-alta.

Também foi contatado a desigualdade de gênero, que se destacou com as consequências da pandemia. As mulheres continuaram a liderar os índices de desemprego, assim como na taxa dos chamados “nem-nem”, que nem estudam e nem trabalham.

No setor produtivo, os dados mostraram que o segundo trimestre de 2020 teve o pior resultado, sendo o setor de comércio o mais afetado ao longo de toda a pandemia. É constatada a recuperação da economia da capital federal, porém ela ainda não é homogênea a todos os segmentos. É preciso refletir sobre a concentração da estrutura produtiva do Distrito Federal, dependente do setor de serviços e de atividades presenciais, sendo necessárias políticas públicas a médio e longo prazo.

Em suas conclusões, notou-se a falta de políticas públicas que vão além da mera manutenção de renda e que tenham foco específico tanto nas famílias como nas empresas que as empregam. É necessária a ampliação dos projetos de transferência de renda já existentes nos momentos de crise, sem permitir interrupções no fluxo de renda das famílias em situação de vulnerabilidade.

Os pesquisadores

Lucio Remuzat Rennó Junior – Possui graduação (1995) e mestrado (1997) em Ciência Política pela Universidade de Brasília (1995) e doutorado em Ciência Política pela University of Pittsburgh (2004). Realizou pós-doutorado no Latin American and Caribbean Studies Center da SUNY Stony Brook de 2004 a 2005 e no Institute for Latin American Studies do German Institute for Global and Area Studies, em Hamburgo, Alemanha, de 2009 a 2010. Foi professor do Center for Latin American Studies, University of Arizona em 2005/2006 e titular da Cátedra Sérgio Buarque de Holanda, de Estudos Brasileiros, no Instituto Latino-Americano da Freie Universität Berlin (10/2014 a 2/2015). Ocupou a Presidência da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) entre 2015 e 2018. É Professor Associado do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília e ocupa a Direção do Instituto de Ciência Política para o mandato de 2020 a 2024. Coordenou os programas de pós-graduação no Ceppac (2008/2009) e no Instituto de Ciência Política (2013/2014). Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Política Comparada, Estudos Legislativos e Comportamento Eleitoral.

Ana Maria Vasconcelos Nogales – Concluiu o doutorado em demografia – Université Catholique de Louvain em 2001. Atualmente é professora do departamento de estatística, e professora do programa de Pós-graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional (PPGDSCI/CEAM/UnB). Foi diretora de estudos e políticas sociais (DIPOS) da Codeplan/GD (2016-2018) e vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos Populacionais – ABEP – (2017-2018). Atualmente é coordenadora do laboratório de população e desenvolvimento com projetos na área da saúde e vulnerabilidade social vinculado ao núcleo de estudos urbanos e regionais (LPD/NEUR/CEAM) da Universidade de Brasília. Tem orientado e co-orientado teses de doutorado, dissertações de mestrado, trabalhos de iniciação científica e trabalhos de conclusão de curso nas áreas de probabilidade e estatística, população, saúde coletiva e estatística aplicada. Atua na área de demografia e estatística aplicada. Em seu currículo lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: mortalidade, causas de morte, análise de correspondência, ensino de estatística, mortalidade infantil, violência, migração, projeções de população, crescimento demográfico, indicadores, educação e juventude.

Andrea Felippe Cabello – Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade de Brasília (2007), mestrado em Economia pela Universidade de Brasília (2010) e doutorado em Economia pela Universidade de Brasília (2012). Foi Coordenadora na UnB do Mestrado em Consórcio Internacional Erasmus Mundus Economics of Globalisation and European Integration. Foi Coordenadora de Projetos Especiais do Decanato de Ensino de Graduação entre 2017 e 2018 e Diretora de Avaliação e Informações Gerenciais do Decanato de Planejamento, Orçamento e Informações Gerenciais entre 2018 e 2019. Atualmente é professora associada da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de educação, universidades e avaliação de políticas.

Frederico Bertholini Santos Rodrigues – Professor no Instituto de Ciência Política na Universidade de Brasília. Doutor em Administração (Instituições, Políticas e Governo) na FGV, com período sanduíche na Universidade de Nova York. Tem mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE). Foi Gerente de Estudos na Codeplan-DF e pesquisador associado na FGV/RJ, formador de gestores no ProJovem Urbano e Coordenador Municipal de Qualificação Profissional do ProJovem na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Políticas Públicas, Avaliação e Métodos de Pesquisa.

Guilherme Viana – Possui graduação em Estatística pela Universidade de Brasília, especialização em Business Intelligence e é mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) da UnB. Tem experiência nas áreas de Educação, Direito, Business Intelligence, Saúde e Políticas Públicas. Atualmente é Diretor de Avaliação e Informações Gerenciais (DAI) no Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO) na UnB, Pesquisador Institucional da UnB e membro representante da Gestão na Comissão Própria de Avaliação (CPA).

Para receber todas as informações e atualizações sobre a pesquisa, cadastre-se no site: www.observadf.org.br

SERVIÇO

ObservaDF
Live de lançamento: 18/11/2021
Horário: 10h
Transmissão: Pelo canal ObservaDF no YouTube e página no Facebook
Informações: www.observadf.org.br
Siga no Instagram: @observadf

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