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Brasília

O simples é que funciona

“Não podemos construir uma solução de gestão em saúde pública para o DF e o país, apenas com a incorporação de novas unidades… temos que nos estruturar…”

Redação Jornal de Brasília

29/09/2019 6h00

Atualizada 27/09/2019 18h26

Por Francisco Araújo

O modelo do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal – IGESDF, em uma perspectiva gerencial não pode se diferenciar apenas pelo regulamento próprio de compras e contratações. Cuidamos de pessoas e, portanto, temos um diferencial singular e um compromisso social imensurável.

O IGESDF é, na sua essência, uma instituição para a o desenvolvimento e transferência de tecnologias, conhecimentos e informações.

Na perspectiva tecnológica estamos avançando em processos internos de gestão de dados sobre o usuário – prontuário eletrônico – com um novo e moderno software desenvolvido especialmente para a área de saúde que garante melhores condições de trabalho para os profissionais e mais segurança para o paciente. Uma moderna estrutura de eficiência logística está sendo montada para garantir planejamento, gestão, armazenamento e distribuição, com racionalidade capaz de evitar desperdícios, reduzir custos e aumentar a eficiência na utilização de insumos e medicamentos.

 Na perspectiva do conhecimento, estamos investindo no Departamento de Ensino e Pesquisa (DEP), criando um núcleo de Telemedicina e montando um pólo de geração de conhecimento com pós-doutores de diversas áreas, onde a difusão dos produtos gerados por este núcleo seja a base, para a nossa expansão com visão clara de futuro. Nessa linha, também, está sendo implantado um núcleo de Ensino à Distância para dar acesso a gama de material didático hoje produzido pelo DEP e que será difundido pelos quatro cantos do Brasil e do mundo.

Na perspectiva da informação estão as duas vertentes anteriores e mais o trabalho diário de levar informações relevantes, indispensáveis e transparentes àqueles que necessitam de atendimento de qualidade e tratamento humanizado. O usuário da saúde pública precisa saber e interagir com a rede, desde a marcação de consultas e exames e, até mesmo, tendo acesso a todo seu histórico clínico dentro do Sistema Único de Saúde – SUS.

Dentro dessa perspectiva, vamos implantar a Rede Social da Saúde, onde o cidadão deixa de ser um número, uma estatística e passa a ser visto como um ser humano em toda sua essência. Trata-se de um software/aplicativo digital com todos os dados do usuário, desde Cartão de Vacinação, números do SUS e SES, prontuário médico, exames, receitas, botão de marcação de consultas, alertas de horários de medicamentos, dicas de alimentação e exercícios, enfim, todo o histórico de cada cidadão na rede pública de saúde. Uma comunicação direta, com o mínimo de interferência externa, entre o usuário e a rede.

Não podemos construir uma solução de gestão em saúde pública para o Distrito Federal e o país, apenas com a incorporação de novas unidades físicas ao modelo em pauta. Temos que nos estruturar para avançar com qualidade e capacidade resolutiva.

Resumindo, o que precisamos é trabalhar para contemplar um projeto pensado pelo governador Ibaneis Rocha, com início, meio e fim.

Para que as coisas funcionem, é necessário buscar soluções simples e efetivas, pensando essencialmente, no indivíduo. É preciso empoderá-lo com conhecimento amplo e buscar em cada um dos agentes profissionais a motivação, a força de vontade, e o que eles têm de melhor dentro de si, para que transformem pequenas ações em grandes resultados sociais para a comunidade.

O compromisso de mudar o sistema de saúde é de todos nós. O bom resultado está, essencialmente, na força de vontade das pessoas que estão à frente desse grandioso e novo modelo de gestão em saúde no Brasil que se chama IGESDF. Um modelo que acredita em soluções simples para enfrentar a complexidade dos problemas da saúde no DF e no país.

Para nós, o simples é que funciona.

 

*Francisco Araújo é diretor presidente do IGES-DF

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