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Brasília

Novo centro comercial trará vida para QI 28

Empreendimento no fim do Lago Sul começa a ser construído e valorizará toda a região

Vítor Mendonça

31/10/2023 0h17

Foto: Vitor Mendonça/ Jornal de Brasília

Previsto para ser inaugurado em julho de 2024, um novo complexo comercial começou a ser construído na Quadra Interna 28 do Lago Sul. O lote licitado pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e licenciado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) trará lojas, padarias, cafeterias, farmácias, restaurantes e outros espaços de lazer. Grandes marcas e players estarão presentes.

Um dos desconfortos dos moradores das últimas quadras do Lago Sul após a ponte JK, a partir da quadra 27 – e de regiões próximas como o Altiplano Leste –, era a falta de um centro comercial diverso naquela parte da Região Administrativa. O empreendimento deverá sanar a questão, ocupando uma área de aproximadamente 13 mil m².

Rafael Souza, de 30 anos, mora há 20 anos no Conjunto 1 da QI 28 do Lago Sul e considera a obra que será feita como benéfica para a população da região administrativa, principalmente para os moradores mais próximos do novo complexo comercial com a chegada de estabelecimentos variados e que facilitarão a vida cotidiana.

“Com farmácias e padaria aqui do lado vai ser bom não precisar andar muito para comprar o que precisa. Aquela área sempre foi um pouco deserta, então acho que vai ficar até melhor com o comércio ali. Sempre pensei que seria bom ter alguma coisa aqui do lado porque para fazer qualquer coisa [mesmo as mais básicas], precisamos pegar o carro, o que às vezes é ruim”, destacou.

Luiz Gomes dos Santos, 68, concorda que, dentro dos moldes do projeto, será um diferencial para a população. “Temos comércio na quadra 25 que acho que não foi tão bem projetado, e outro na 26. Se for trazer esses comércios do dia a dia, vai valer a pena”, disse. Há 36 anos também no Conjunto 1, um dos primeiros moradores a chegar ali, quando ainda não havia luz, o aposentado viu a região crescer. Segundo ele, sempre para melhor.

“A gente já sabia que aquela área era para comércio, mas passaram muitos anos sem ninguém mexer”, informou. A maior preocupação de Luiz e de outros moradores da região era a possível alteração da Praça João de Barro, construída pelos moradores da região após licitação, onde costumam passear e levar crianças ao longo do dia para um momento de lazer. Os moradores chegaram a fazer um abaixo-assinado para impedir qualquer mudança na praça.

Entretanto, o Jornal de Brasília apurou que, de acordo com a planta do projeto, a área de uso comum dos moradores das quadras ao redor, incluindo um Ponto de Encontro Comunitário (PEC), não sofrerá nenhum tipo de alteração, exceto por uma parte da calçada, que está mais afastada da praça e mais adentro do terreno do empreendimento.

Foto: Vitor Mendonça/ Jornal de Brasília

O terreno na QI 28 corresponde a uma das unidades de Uso e Ocupação do Solo (UOS) do Distrito Federal. Embasado no inciso V do artigo 5º da Lei Complementar 948/2019, estão permitidos ali, simultaneamente ou não, os usos Comercial, de Prestação de Serviços, Institucional e Industrial (CSII), sendo proibido o uso residencial.

O espaço está incluído na segunda das três categorias das UOS-CSII, que especifica localização em áreas de maior acessibilidade dos núcleos urbanos, em vias de atividades, centros e subcentros.

Ana Paula Zinato, 43, é moradora do Altiplano Leste e acredita que o novo centro comercial trará comodidade, facilidade e praticidade para os moradores da região, uma vez que precisam buscar opções de comércio e lazer em locais mais distantes, o que por vezes não compensa tanto, conforme explicou.

“Para nós, só tem isso daqui [comércio local do Altiplano Leste, ainda pequeno]. Sempre que precisamos de mais opções, precisamos ir mais longe na quadra 25 ou depois, na quadra 21, Asa Sul e Norte. Então para mim acaba sendo muito longe, um pouco contramão. Se tiver um aqui perto, para mim vai ser perfeito, o que estava faltando por aqui, porque adoro morar nessa região”, disse. “Estando ali, vai ser vida”, finalizou.

Atrativo econômico

De acordo com o administrador do Lago Sul, Rubens Santoro, que tem acompanhado as obras iniciadas no local, o empreendimento irá ajudar tanto na economia quanto na infraestrutura urbana da localidade. Estão previstas pavimentações asfálticas, a eficientização da iluminação pública, e a construção de redes de água e esgoto, além de drenagem das águas da chuva.

“A Terracap, responsável pelo projeto, está investindo em infraestrutura nesta nova área comercial da QI 28, com o apoio de outras empresas distritais, como a Caesb e CEB Ipes. Será um novo espaço que, sem dúvida, vai trazer renda e empregos, além de atender comerciantes e moradores, não só das quadras vizinhas, mas de toda a região”, afirmou o chefe da Administração.

Segundo Rubens, aquela é uma área no Lago Sul que necessita ampliar e variar o comércio. Por isso, ele afirma que todo o investimento na infraestrutura “cria condições propícias para o desenvolvimento econômico da região, com reflexos positivos em toda a cidade”. “Além disso, impulsiona novos negócios, gerando emprego e renda, além de maior conforto para consumidores e demais frequentadores do Centro Comercial”, destacou.

Com os novos estabelecimentos, o empreendimento irá beneficiar também consumidores e comerciantes das regiões do Jardim Botânico, Altiplano Leste, Paranoá e São Sebastião, uma vez que são as cidades mais próximas àquela área.

“O projeto é sólido, consistente, bem elaborado e fruto de planejamento, portanto tem todas as condições de ser um sucesso. […] Apesar dos transtornos causados por qualquer obra de engenharia, os resultados vão compensar e o novo Centro Comercial da QI 28 poderá contar com estacionamento e sistema viário com novas calçadas e vias de circulação, que vai facilitar a vida dos moradores e usuários”, disse o administrador.

Na medida em que as etapas de construção do empreendimento vão se desenvolvendo, a Administração do Lago Sul informa que está disponível para esclarecer os questionamentos dos moradores e comerciantes da região administrativa quanto à legalidade e aos projetos da obra. A entidade ressalta ainda que “todas as fases de implantação estão em conformidade com a legislação e são acompanhadas pelos órgãos responsáveis”.

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