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Brasília

“Não queremos perder ninguém, mas a criança precisa ter garantido o direito de aprender”, diz secretária de Educação

GDF confia que antecipará ações preventivas por meio de aplicativo de monitoramento em tempo real do Covid-19 nas escolas

Redação Jornal de Brasília

29/10/2021 12h57

Hélvia Paranaguá, secretária de Educação. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Luciana Costa
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O Governo do Distrito Federal determinou o retorno das aulas presenciais em 100%, a partir da próxima quarta-feira, 3 de novembro. Com 81% dos estudantes vacinados com a primeira dose, e 26% com as duas, o retorno presencial é obrigatório para os estudantes (exceto aqueles que possuem comorbidades comprovadas por laudo médico) e para todos os profissionais de educação, com e sem comorbidades. 

O horário das aulas permanecerá reduzido, de quatro horas em cada turno, como estipulado desde agosto com o ensino híbrido, para que o ambiente seja devidamente limpo e higienizado. O retorno não será idêntico para todas as escolas, sendo concedida a cada uma delas autonomia no controle e supervisão das medidas de segurança.  

As escolas continuarão a seguir os protocolos: uso obrigatório de máscara e medição de temperatura, proibição do funcionamento de bebedouros de aproximação da boca, diminuição dos horários de intervalo, refeições e outras atividades que gerem aglomeração, dentre outros. Além disso, o GDF confia que estará um passo à frente da transmissão do vírus com o monitoramento em tempo real por meio de um aplicativo que reúne dados de possíveis casos nas instituições de ensino público e privado a serem repassados às Unidades de Básicas de Saúde (UBS).

A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, declara que as escolas estão preparadas para receber os alunos com respeito às normas de segurança. “Estivemos 511 dias sem aulas presenciais. Neste período, o GDF investiu na melhoria da estrutura física das escolas. Hoje, com a maioria reformada, o ambiente escolar é seguro para o retorno dos estudantes”, afirmou.

Aplicativo de monitoramento de casos de Covid-19

A retomada é uma ação conjunta das secretarias de Educação e de Saúde, que trabalham para não haver a propagação do coronavírus. Para uso interno da estrutura de governança, a Secretaria de Saúde criou um aplicativo que possibilita o registro e o acesso em tempo real dos casos de Covid-19 nas instituições de ensino pública e privada. 

O principal objetivo desta ação é acompanhar preventivamente as suspeições de casos para que evite o alastramento da Covid-19. Divino Valero, subsecretário de vigilância à saúde, explicou que “o rastreamento de casos se dará pela capilaridade das unidades de educação e de saúde. De Planaltina ao Gama, a integração da educação e da saúde dinamiza a comunicação e a integração do sistema.” Ele justifica a ação da volta às aulas presenciais: “Nós precisamos começar a ousar para começar a entender em que ponto estamos”.

O aplicativo, que atenderá 806 instituições de ensino do Distrito Federal, englobando 57.684 profissionais de educação e 543.833 estudantes, surgiu da necessidade da integração dos dados entre Educação e Saúde. Servirá para ambas as partes: os diretores das escolas acessam o aplicativo para notificar os casos de Covid-19, a equipe de monitoramento repassará as informações para as UBS mais próximas e, com disponibilidade e preparo adequado para examinar e tratar os pacientes. 

“O aplicativo indica em tempo real: onde, como e de que forma será o procedimento de cada caso suspeito, a fim de que haja vigilância epidemiológica e também as possíveis correções de protocolos de segurança”, explicou o subsecretário.

A Secretaria de Educação ressaltou a importância das crianças e adolescentes estarem presentes no ambiente escolar, onde elas têm o aprendizado contínuo, refeições no intervalos, contato com os colegas de turma. Durante os 200 dias do ano letivo, os estudantes tiveram 36 dias presentes nas escolas, “vamos dar a oportunidade que eles tenham mais 30 dias dentro da sala de aula”, concluiu Hélvia Paranaguá.

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