Nessa quinta-feira (17), Danyella de Oliveira Martins foi condenada por encomendar o assassinato do ex-namorado, Leison Silva da Rocha, e do amigo de infância dele, Edson Araújo Galdino Júnior. Ela pagou 400 reais para a realização do crime. A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Águas Claras decidiu uma pena de 137 anos e dois meses de prisão para Danyella e 136 e seis meses de prisão para o executor Wisley Teixeira Galvão do Nascimento. Eles foram condenados pelos dois homicídios duplamente qualificados, dois roubos majorados e dois crimes de extorsão com restrição de liberdade das vítimas.
Outro executor, Maycon Cândida da Silva Corrêa foi condenado pelos mesmo crimes e também reconheceu o recebimento de R$ 400 para a execução do crime. Ele foi condenado a 142 anos e oito meses de reclusão. Alexandre Torres Rocha foi absolvido dos homicídios, mas condenado a 70 anos de reclusão por dois roubos qualificados e duas extorsões com restrição de liberdade.
Os jurados aceitaram duas qualificadoras propostas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para Danyella e Wisley: recurso que dificultou a defesa das vítimas, que após uma emboscada foram amarradas e executadas com intenso sofrimento.
Entenda o caso
O crime ocorreu na tarde do dia 12 de dezembro de 2018, na Candagolândia. A ex-companheira de Leison, Danyella, contratou Maycon para a execução de crime contra o patrimônio da vítima, comerciante informal de tênis e suplementos. Danyella determinou que o crime fosse praticado com violência física. Maycon contatou a vítima, fingindo interesse na compra de tênis e o atraiu para a residência dos pais, na QR 7, da Candagolândia. Leison e o sócio Edson dirigiram-se ao local, onde Maycon os entreteu até acionar Alexandre e Wisley, armados com facas, que estavam escondidos na casa, e os renderam.
As vítimas foram agredidas com socos e chutes e tiveram que fornecer senhas e cartões bancários. Maycon e Wisley dirigiram-se a estabelecimentos comerciais e bancários para efetuar saques nas contas dos dois, que permaneceram em cativeiro, rendidos por Alexandre. Após a extorsão, as vítimas ainda foram levadas ao matagal em Vicente Pires, onde foram agredidas com facadas. Os cadáveres dos dois foram ocultados em depósito de lixo clandestino no Assentamento 26 de setembro.