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Brasília

Mulher que deu à luz em banheiro e abandonou recém-nascido disse que não sabia que estava grávida

À PCDF, a mulher afirmou que não sabia da gravidez, e que o parto teria acontecido depois de fortes cólicas

Camila Bairros

15/12/2022 12h37

Na última segunda-feira (12), uma mulher deu à luz no banheiro de um estabelecimento comercial em Vicente Pires e abandonou a recém-nascida no local. A bebê estava dentro de um saco de lixo, com o cordão umbilical e restos da placenta quando foi encontrada por lojistas que foram alertados por clientes. Desde então, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) estava procurando a genitora para que o depoimento fosse prestado.

E isso aconteceu na tarde de ontem (14). Após a análise das imagens de segurança do local, a mulher, de 23 anos, explicou à polícia que não sabia que estava grávida. Ela estava sentindo fortes cólicas e chegou a tomar remédio, mas não passou. Então, pediu ao namorado, que a acompanhava, que esperasse ela ir ao banheiro, e logo acabou dando à luz.

Como disse não saber que estava grávida, acabou abandonando a recém-nascido lá e voltou para a companhia do namorado. A mulher disse que eles já estavam juntos há quatro anos, mas que tiveram um término que durou nove meses. Nesse período, ela se envolveu com outro homem, que possivelmente é o pai da criança.

O namorado também prestou depoimento e afirmou não saber da gravidez. Após os depoimentos, a mulher foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML) para ser submetida a exames de constatação de parto recente e de estado puerperal. Ela também foi levada ao Instituto de Pesquisa de DNA Forense da PCDF (IPDNA) para colheita de material genético para comparação com o da recém-nascida.

Por não ter sido presa em flagrante, a mulher continuará em liberdade durante as investigações. O delegado-chefe da 38ª Delegacia de Polícia, de Vicente Pires, disse que as circunstâncias de abandono estão sendo apuradas e a acusada pode responder por tentativa de homicídio qualificado, com pena prevista de 12 a 30 anos, ou infanticídio, com pena prevista de 2 a 6 anos de reclusão.

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