Uma mulher de 41 anos foi presa, na sexta-feira (23), suspeita de matar o marido, de 63, com a ajuda do amante, em Taguatinga. O crime ocorreu na noite do último dia 18. Segundo a 17ª Delegacia de Polícia, a mulher estava separada do homem por conta de uma relação extraconjugal.
Conforme o apurado, após a separação, a mulher permaneceu no imóvel da família, em uma ação premeditada junto com o amante. Ela atraiu o idoso para a residência, dando-lhe expectativas de reatar a relação, mas se tratava de uma emboscada.
No imóvel, os dois dominaram o idoso, o colocaram no carro dele e passaram a rodar por todo o DF. O veículo era conduzido pela mulher, enquanto o amante torturava a vítima no banco traseiro.
Após horas de tortura, possivelmente com o intuito de buscar senhas bancárias, os autores mataram o idoso com a própria arma dele e jogaram o corpo no cerrado, às margens da DF-001. Em seguida, o casal voltou para a casa. O homem (foto abaixo) está foragido.
Nota da defesa
A defesa de Elizângela Almeida de Miranda enviou ao Jornal de Brasília uma nota sobre o caso. Leia abaixo a íntegra da nota:
“A defesa recebeu com perplexidade a informação de que a Sra. Elizângela Almeida de Miranda está sendo indiciada pelo crime de latrocínio. Destaca-se que as investigações iniciais contêm falhas grotescas, a começar pela afirmação que a esposa teria torturado a vítima com o intuito de obter senhas bancárias. O que, por si só, configura uma assertiva completamente infundada, eis que a esposa possuía amplo acesso às contas bancárias do então marido; inclusive , era responsável de gerenciar as contas do casal.
Não há que se falar em confissão, tendo em vista que, em nenhum momento, em seu depoimento, a indiciada confessou o crime, pelo contrário, relatou ser tão vítima quanto seu ex-marido.
No que tange à prisão, trata-se de prisão temporária, a qual possui natureza cautelar, e, portanto, aplicável no âmbito das investigações.
Por fim, cumpre destacar que a Sra. Elizângela Almeida de Miranda é vítima nesse caso, pois a durante o crime estava sob ameaça arma de fogo e faca, sendo, na mesma ocasião, coagida e agredida fisicamente pelo real criminoso. Registre-se, por oportuno, a tamanha a desproporcionalidade da prisão e do indiciamento, eis que o real criminoso ainda está solto, enquanto uma das vítimas encontra-se detida pela Polícia Civil.
Em assim sendo, a Sra. Elizângela Almeida de Miranda e seus advogados anseiam que o real criminoso seja preso pela Polícia Civil na maior brevidade possível, e, de igual modo, que os fatos sejam completamente esclarecidos.”