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Brasília

“Muitas promessas já foram feitas”, diz promotor sobre melhoras em passagens subterrâneas

O crime ocorreu na manhã dessa terça-feira (05), próximo ao Hran. Segundo informações iniciais, o homem foi vítima de uma arma branca

Redação Jornal de Brasília

06/03/2024 15h24

Foto: Agência Brasília

Afonso Ventania e Geovanna Bispo
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Após um homem ser assassinado em uma passagem subterrânea na quadra 102 da Asa Norte, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ingressou com uma ação civil pública contra o Governo do Distrito Federal (GDF) pedindo melhorias nas passarelas.

“Esse é uma questão que vem sendo debatida há décadas, onde muitas promessas de melhorias nesses locais já foram feitas. Mas, o certo é que, nesses locais, pessoas continuam morrendo ao tentar atravessar o Eixão, muitas vezes por medo de utilizar as passagens subterrâneas”, explica o promotor da Primeira Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística – 1 Prourb e Coordenador da Rede Urbanidade, Dênio Augusto.

Ao Jornal de Brasília, o promotor explica que o medo de utilizar as passagens se deve, principalmente, pelos crimes que costumam acontecer ali, como roubos, furtos e estupros.

Veja o vídeo:

O crime ocorreu na manhã dessa terça-feira (05), próximo ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Segundo informações iniciais, o homem foi vítima de uma arma branca.

Entre os pedidos feitos pelo MPDFT, está a implementação de soluções que garantam mobilidade, segurança e acessibilidade a pedestres, ciclistas e pessoas com deficiência na travessia. Ainda foi solicitada a preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília, objeto de proteção nos níveis local, federal e internacional.

Nos últimos quatro meses, houveram quatro vítimas fatais nas passagens subterrâneas. “As passagens subterrâneas perpendiculares a essas vias encontram-se em estado de total abandono, onde a degradação, a ausência/deficiência de iluminação, a imundice, a falta de acessibilidade e a insegurança obrigam as pessoas a se arriscarem entre os veículos automotores”, criticou o promotor de justiça.

Outra solicitação feita pelo MPDFT é a redução da velocidade do trânsito do Eixão de 80km/h para 60 km/h. De acordo com o documento, a mudança poderia diminuir o número de atropelamentos aos pedestres, além de acidentes entre os veículos.

“A redução/readequação do limite de velocidade é uma medida fundamental de segurança no trânsito, eficaz não apenas para pedestres e ciclistas, mas também para os motoristas. Em caso de colisão entre motoristas ou com objeto fixo (poste ou árvore, por exemplo), o risco de ferimento grave ou morte também é reduzido drasticamente com o limite reduzido de velocidade”, ponderou Dênio.

Na ação, que pede melhorias de forma urgente, estão como citados também a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), o Departamento de Trânsito (Detran-DF), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a Companhia Energética de Brasília (CEB) e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU).

Em nota, a CEB, o SLU e a Seduh informam que ainda não foram notificados do teor da Ação Civil Pública em referência.

 

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