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Brasília

Moradores reclamam de ação dos Bombeiros em incêndio na 110 Norte

Arquivo Geral

14/05/2018 18h15

João Stangherlin

Rafaella Panceri
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Moradores da quadra 110 Norte reclamaram da atuação do Corpo de Bombeiros no incêndio que começou em um apartamento do sexto andar no bloco M, por volta das 15h30 desta segunda-feira (14). “Demoraram para chegar e pareceram despreparados. Deixaram o fogo consumir dois andares”, criticou Neide Aragão, 49 anos.

A corporação informou que estava em deslocamento para a ocorrência às 15h36 e demorou aproximadamente duas horas para controlar o fogo e iniciar o procedimento de rescaldo. Outra moradora, que preferiu não se identificar, teve as paredes do imóvel quebradas durante a ação e disse estar abalada com o ocorrido. “Um absurdo todo esse prejuízo”, lamentou.

Quatro pessoas foram resgatadas, duas delas da unidade vizinha ao foco do incêndio, e um militar se feriu durante a operação. Conforme o Major Lourival, porém, todos têm estado de saúde estável após intoxicação pela fumaça. O subtenente Marco Negrão de Brito justificou a demora no combate às chamas pela complexidade da ocorrência.

Segundo ele, as labaredas se alastraram pelo andar e, caso os bombeiros tivessem simplesmente jogado água, teriam “cozinhado” as pessoas presas e até os militares envolvidos. Portanto, o procedimento escolhido foi quebrar uma parede para atacar o fogo de fora para dentro. Sobre a suposta demora para chegar, o subtenente se limitou a dizer que as vítimas tiveram percepção de tempo diferente da realidade.

A dinâmica

Duas pessoas ficaram presas no apartamento ao lado do que pegou fogo. Uma delas, a síndica do prédio, Mírian Laila Absy, na unidade 603. Segundo vizinhos, ela teve dificuldades para sair do apartamento quando as chamas tomaram o local. O Corpo de Bombeiros atuou no resgate da mulher após retirar outra senhora do local, ambas com vida e estáveis.

João Stangherlin

A aposentada Antonieta Turini, 65 anos, deixou o bloco M pouco antes do incidente e contou ter recebido ligações da síndica, pedindo socorro. Outra vizinha, que preferiu não se identificar, ouviu Mírian Laila batendo na porta. “Tentei ajudar, mas não consegui. A fumaça já estava tomando o andar. Preferi tomar outras providências como desligar a parte elétrica e o gás de todo o prédio”, relatou.

Moradores do primeiro andar deixaram o edifício após ouvir o alarme de incêndio. Eles também relataram que houve reformas nos encanamentos de gás e parte elétrica, há dois meses, e elogiaram o trabalho da síndica, descrita como rigorosa.

Dicas úteis

Em virtude do incidente, apenas uma semana depois de um prédio em Águas Claras ter tido três apartamentos atingidos por um incêndio, o Corpo de Bombeiros aproveitou para orientar os moradores. A recomendação é sempre deixar as portas da casa fechadas ao sair do lar, pois assim as chamas se confinam em um cômodo e podem até se extinguir.

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