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Brasília

Moradores do Valparaíso de Goiás (GO) reclamam de ônibus que vão para Brasília

A espera de 40 minutos para o ônibus chegar é exaustiva, o sono vai ficando mais forte mas a necessidade de ficar em alerta é mais necessária

Redação Jornal de Brasília

01/06/2022 11h23

Por Danyelle Silva
Agência de Notícias do CEUB/Jornal de Brasília

No caminho até o ponto de ônibus , moradores da cidade de Valparaíso que trabalham e estudam no centro de Brasília, encaram a escuridão e o silêncio pelo caminho. A espera de 40 minutos para o ônibus chegar é exaustiva, o sono vai ficando mais forte mas a necessidade de ficar em alerta é mais necessária.

Quando o ônibus chega na parada, em fila indiana, cerca de 15 pessoas entram em busca de um lugar para se sentarem “confortavelmente” para começarem o trajeto de cerca 1h30 até chegar no destino, seus temores é de que o ônibus quebre no meio do caminho, tenha engarrafamento causando um atraso no trabalho ou nas escolas ou na pior hipótese seja assalto. No decorrer do trajeto o ônibus vai enchendo até ficar impossível de chegar na porta para descer em sua parada final.

A rotina do morador do Entorno  poderia ser diferente se não tivesse poucos ônibus, precariedade nos transportes e tarifa das passagens altíssimas para as cidades administrativas do DF. 

Falta de ônibus 

De acordo com a pesquisa do Codeplan em 2020, tendem 200 mil pessoas a irem para Brasília para trabalhar, estudar ou ambos todos os dias e a cada dia esse número só aumenta, porém, não há ônibus suficientes.

“Os ônibus são muito cheios, superlotados e literalmente uma lata de sardinha”, disse Madan Avelino Leite de Brito, de 29 anos,  moradora do Valparaíso. 

Preços das passagens 

O preço das passagens, de R$ 7,80, é abusivo, na opinião de os moradores do entorno não têm o auxílio de um cartão mobilidade de integração, como os moradores do Distrito Federal. “Muito caro, para nenhuma qualidade”, opina Ana Cassia Teixeira Mendes,23 anos,  moradora do Valparaíso. 

Pandemia

Estamos vivendo o novo “normal”, após o decreto do fim da utilização das máscaras para prevenção do covid -19. Porém, com a superlotação dentro do transporte público, o fim das máscaras não ocorreu parcialmente. 

“Não. Porque justamente por ter muitas pessoas. Pessoas em excesso, pessoas em pé, então eu acho que ainda não está na hora de liberar dentro dos ônibus.” Afirmou, Ana Cássia ao ser perguntada se ela iria deixar de utilizar a máscara. 

Outro lado

A reportagem da Agência Ceub entrou em contato com a Secretaria de Mobilidade de Goiás (Semob) questionando sobre esses problemas. O órgão informou que, desde que assumiu a gestão do transporte semiurbano, em julho de 2021, tem trabalhado no planejamento para melhorar o serviço prestado aos passageiros, já que está “fazendo intervenções pontuais na operação e na ampliação de frota até que seja concluído o edital de licitação, onde haverá a renovação total dos ônibus, entre outras mudanças”.

Foram incluídas três novas linhas (8003, 8004 e 8053) para os passageiros do Jardim ABC se deslocarem ao DF que são operadas com novos ônibus da empresa UTB.

“Além disso, a Semob determinou que as empresas instalem equipamentos de cobrança de passagem com cartão. O Sistema de Bilhetagem Automática do entorno, chamado de SBA Semiurbano, deverá permitir o pagamento das viagens no serviço de transporte semiurbano e, com o mesmo cartão, pagar as passagens no transporte público coletivo do DF, inclusive o metrô. O SBA Semiurbano permitirá a integração operacional”, afirmou 

Foto: Prefeitura de Valparaíso de Goiás (GO)

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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