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Brasília

Modus Operandi: sequestradora usou bolsa de plástico e jaleco branco

Segundo o delegado, no quarto da vítima havia mais quatro mulheres que tinham dado a luz, porém todas estavam acompanhadas

Aline Rocha

28/11/2019 18h19

Foto: Catarina Lima/Jornal de Brasília

Catarina Lima
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A suposta sequestradora do bebê, na madrugada de ontem, do Hospital Regional de Taguatinga HRT), utilizou uma bolsa feminina para subtrair o menor da unidade. Ela deverá passar hoje por audiência de custódia, na qual o juiz decidirá se continuará presa preventivamente.

Segundo o delegado Luiz Henrique Sampaio, diretor adjunto da Divisão de Repressão a Sequestros, a suposta sequestradora frequentou o hospital durante três ou quatro dias para conhecer a rotina do local. Nesse período ela pode ver lista de parturientes, o que possibilitou o acesso ao local onde ficavam os recém-nascidos. Já sabendo em quais quartos estavam as crianças, ela apresentou-se a um vigilante com uma visitante e disse que ia ao quarto 308.

“A mãe do bebê sequestrado foi escolhida pela suposta autora do crime pelo fato de estar desacompanhada”, avaliou o delegado. Segundo ele, no quarto havia mais quatro mulheres que tinham dado a luz, porém todas estavam acompanhadas. Ao contrário do que chegou a dizer a família da mãe do bebê, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal afirmou que foi dado o direito à mãe de ter um acompanhante.

No momento do sequestro, por volta das 3h da madrugada, a mulher entrou no quarto 308 e disse que precisava levar o bebê para fazer um exame de glicemia. A mãe permitiu, mas cerca de dois minutos depois foi atrás da suposta servidora, não a encontrando mais. Ela denunciou o ocorrido ao hospital e a partir daí a polícia foi acionada. A busca pela criança sequestrada começou ainda na madrugada de ontem, logo após a mãe denunciar o sumiço do filho.

Na investigação foi constatado que a mulher investigada pelo sequestro do menor tem 23 anos, é estudante e sofreu um aborto neste ano. Ela omitiu da família ter perdido uma criança que esperava e continuou dizendo que estava grávida, embora apresentasse comportamento estranho, como não permitir que parentes ou o namorado, pai do seu filho, colocassem a mão na sua barriga.

Segundo o delegado, a mulher investigada não tem passagem pela polícia, já tem um filho de cinco anos, vive com a família e é uma pessoa que passou por dramas pessoais. “Ela criou uma história. Tinha até enxoval e relatava sofrer contrações. Planejou bem o antes, mas não o depois do sequestro, tanto que chegou no Hospital da Ceilândia com a criança dizendo que tinha tido o bebê em casa, o que foi facilmente desmentido”, concluiu o delegado Luíz Henrique.

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