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Brasília

Mesmo com aumento da gasolina, frota de carros e motos ainda é grande

Mais de 1.560 milhões de pessoas ainda usam carros e motos no DF

Redação Jornal de Brasília

15/11/2021 18h21

Atualizada 16/11/2021 6h46

Foto: Carlos Alves Moura

Elisa Costa
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Atualmente, existem cerca de 230.886 mil motocicletas e 1.331.838 carros que circulam em Brasília, segundo o levantamento do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e, apesar do alto preço dos combustíveis, as pesquisas mostram que muita gente ainda não dispensa o uso de um automóvel. Um levantamento do Governo do Distrito Federal (GDF) contabilizou um total de 1.320.942 automóveis na capital federal no ano de 2020. Em 2021, só até o mês de outubro, esse número foi superado e já totaliza 1.330.929. Apenas os caminhões ainda não superaram o número total do ano anterior.

Apesar disso, algumas pessoas têm repensado a compra de um automóvel após tantos reajustes no preço dos combustíveis. De acordo com os levantamentos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina no DF pode chegar a 7,49. No dia 25 de novembro, a Petrobras anunciou mais um reajuste no preço da gasolina, 17 dias após outro reajuste feito em 28 de setembro. O novo aumento consta em R$ 0,21 por litro ou 7% sobre o preço anterior. O diesel subiu R$ 0,28 por litro, com alta de 9,2% em relação ao preço anterior.

Milena Oliveira, jornalista de 25 anos, usa ônibus para se locomover desde a época da faculdade e contou que adquirir seu próprio carro é um sonho de muitos anos. “Agora que estou trabalhando e não tendo hora certa para sair, o carro é mais que conforto, é necessidade”, explicou.

A brasiliense não tinha condições de arcar com as despesas antes, e quando finalmente pôde planejar a compra, se decepcionou com os valores dos próprios automóveis e com o valor da gasolina. Milena não vê o momento como propício para fazer esse investimento apesar de ser uma grande meta: “Com o aumento dos preços e até mesmo do preço dos carros usados, tive que repensar. Tenho pesquisado todos os dias, mas está desanimador, tudo muito caro”. Sem muitas opções no momento, a jovem fica com o transporte público: ônibus e metrô.

Segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob), existem cerca de 2.800 veículos fazem parte do sistema de transporte público coletivo do DF. “Mesmo com a pandemia e a diminuição no número de passageiros transportados, não houve redução dos ônibus em circulação. Toda a frota está nas ruas para atender a população”, destacou a pasta em nota.

Questionada sobre a quantidade de passageiros que utilizam o transporte público em tempos de crise econômica, a pasta esclareceu que o sistema está transportando 72,67% da demanda, o que mostra que não há sobrecarregamento nas atividades. Antes da pandemia, eram registrados em média 1,320 milhões de embarques, hoje em dia, a média é de 960 mil.

Emplacamento de veículos no DF desacelera

De acordo com os dados mais recentes do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Distrito Federal (Sincodiv-DF), o número de emplacamentos de veículos vem diminuindo na capital federal. O mês de outubro registrou uma queda significativa de 13,32% em comparação com o mês de agosto.

Esses dados indicam um possível desinteresse do comprador em manter tal automóvel. De acordo com os números do Sincodiv-DF, os emplacamentos vêm caindo há alguns meses: de junho a julho deste ano caiu 0,53%, de julho a agosto caiu 0,89%, em setembro subiu 3,12% e voltou a cair em outubro. É proibido por lei trafegar sem a placa do carro, exceto nos primeiros 15 dias após a compra. O emplacamento de um veículo significa que ele é registrado junto aos órgãos fiscalizadores do trânsito.

Bike como alternativa barata e limpa

Para retirar a bicicleta da estação, basta escolher o tipo de corrida no aplicativo, pagar pelo celular e liberar a bike apontando o celular para o QR Code próximo ao guidão| Foto: Lucio Bernardo Jr/Agência Brasília

De acordo com o levantamento nacional da Webmotors Auto Insights, 33% dos donos de motos optaram por usar bicicletas após os reajustes no preço dos combustíveis.

A pesquisa Perfil do Ciclista Brasileiro, de 2015, feita pela Parceria Nacional Pela Mobilidade em Bicicleta, entrevistou 5.01 ciclistas em 10 cidades brasileiras e 433 eram do Distrito Federal. O principal destino da maioria dos ciclistas do DF é o Trabalho, com 88,1%, seguido de Lazer, com 76%. As Compras ficam em terceiro, com 59,2% e Escola/Faculdade em quarto, com 30,5%.

Instaladas no mês passado, em pontos diferentes de Brasília, as bicicletas compartilhadas da empresa Tembici, em parceria com a Semob, já recebeu 1.535 cadastros no aplicativo e já realizou 1.364 viagens somente entre os dias 11 e 15 de outubro. As estações funcionam 24 horas por dia, e as mais utilizadas até agora foram a do Parque da Cidade, a da 406 Sul e a da 209 Norte. A Tembici investiu R$10 milhões no projeto.

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