Menu
Brasília

Más condições da Farmácia Central colocam medicamentos em risco

O local armazena insumos da Secretaria de Saúde e apresenta goteiras, telhas quebradas e pouca iluminação

Redação Jornal de Brasília

05/02/2021 6h44

Mayra Dias
[email protected]

Materiais e medicamentos de uso contínuo dos hospitais da região sofrem risco de serem descartados ou terem sua qualidade comprometida devido a precariedade na estrutura da Farmácia Central do DF. A informação está no documento enviado à Secretaria de Saúde pela Diretoria de Logística Gerência de Armazenamento e Distribuição de Medicamentos e Materiais Laboratoriais do DF. O local, que deveria ter condições de abrigar com segurança os insumos, apresenta goteiras, telhas quebradas, pouca iluminação e danos da chuva forte do final de janeiro.

Nesta primeira semana de fevereiro, a gestora da área listou os problemas do local e pediu ao GDF reparos urgentes, alertando sobre o risco de perda de insumos e falta de segurança dos trabalhadores da farmácia. De acordo com o texto, o espaço está com, aproximadamente, 20 lâmpadas queimadas, das quais 10 estão na área de separação de medicamentos, dificultando o trabalho de leitura dos servidores para separar o material. Além desses problemas, foram encontradas goteiras na área de armazenamento de medicamentos, encontrada entre os pallets e algumas janelas quebradas, o que, de acordo com a solicitação, permite a entrada de água da chuva.

“Situações como as descritas, interferem no envoltório do fármaco, permitindo o contato do medicamento com a água, por exemplo. Isso pode alterar a molécula da medicação”, explica o doutor em endocrinologia Márcio Garrison Dytz. O profissional destaca que, inconvenientes como os encontrados na Farmácia Central, são fatores que influenciam na função do insumo farmacêutico, o tornando inapto para o consumo humano. “Uma vez que você compromete essa demanda de conservação, não é possível garantir a qualidade do fármaco”, avalia o professor de medicina do Centro Universitário de Brasília.

Secretaria diz que fará vistoria

No temporal do último mês, diversas telhas saíram do lugar devido a intensidade da água e dos ventos. Dessa forma, como explica a chefe da diretoria, alguns pontos da unidade, como a área administrativa e o fundo do galpão, estão sem cobertura de telhado. Devido a isso, o documento revela que o espaço destinado às questões administrativas ficou alagado com as chuvas de verão da capital e que, a falta de proteção tem permitido a entrada de poeira e animais. Equipamentos como computadores, impressoras e suas fiações elétricas também foram atingidos pela água. As condições preocupam os servidores pois, a Farmácia Central abriga milhões de reais em produtos.

O profissional explica que, cada fármaco possui as suas próprias recomendações de conservação, e estas devem ser seguidas à risca, seja os mantendo em prateleiras, armários ou geladeiras e freezers. “Cada medicamento apresenta suas condições de conservação adequadas, de temperatura, umidade ou exposição solar”, salienta.

A Secretaria de Saúde do DF informou que está ciente das condições estruturais da Farmácia Central, e que uma equipe da Subsecretaria de Infraestrutura iria fazer uma vistoria no espaço ontem mesmo. O objetivo da visita é fazer o levantamento das demandas mais urgentes. A pasta esclareceu ainda que existem processos (emergencial e regular) em andamento para a contratação de uma empresa de manutenção predial.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado