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Brasília

Técnicos concluem manutenção entre estações do Metrô-DF

Lentidão causada pela manutenção foi corrigida. Este problema não tem relação com o descarrilamento entre as estações Central-Galeria

Redação Jornal de Brasília

15/09/2021 8h08

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Willian Matos e Vítor Mendonça
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A manutenção preventiva que era realizada entre as estações Shopping e Asa Sul do Metrô-DF foi concluída, e a circulação nesta quarta-feira (15) está normalizada em relação à velocidade. Devido à greve, que já dura cinco meses, há apenas 19 trens circulando em horário de pico.

Esta manutenção não tem a ver com o descarrilamento entre as estações Central e Galeria ocorrido na noite de segunda-feira (13). Este problema foi solucionado por volta das 9h de terça (14), após passageiros enfrentarem superlotação e lentidão nas viagens.

Greve e privatização

Servidores do Metrô-DF estão de greve desde o dia 19 de abril. Com isso, apenas 80% dos trens circulam em horário de pico há quase cinco meses; no entrepico, 60% da frota fica disponível. Os funcionários reivindicam a retomada ao auxílio-alimentação e do plano de saúde. Há um dissídio coletivo em análise no Tribunal Regional de Trabalho (TRT-10), mas sem data para julgamento.

O governador Ibaneis Rocha comentou ontem o descarrilamento e disse que o caso reforça a “necessidade da concessão” do serviço à iniciativa privada “que, infelizmente, está parada no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) desde o ano passado”, disse Ibaneis.

Horas após a fala, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) explicou que este processo não está mais sob responsabilidade do TCDF e sim da Secretaria. Segundo o chefe da pasta, Valter Casimiro, nos próximos dias a proposta de privatização deve avançar. “Temos feito cobranças sucessivas para a entrega desses documentos, e a gente acredita que, até o final dessa semana, já mandaremos parte desses esclarecimentos pendentes para o TCDF. O pedido de prorrogação [junto ao TCDF] foi por conta disso: quem tem que dar esclarecimentos é a própria empresa que fez o projeto”, disse Casimiro ao Jornal de Brasília.

O Sindicato dos Metroviários (SindMetrô-DF) rebate a versão de Ibaneis sobre a necessidade de privatização dos serviços devido aos altos custos e relembra que a manutenção já é terceirizada. “Este tipo de falha [descarrilamento] é por falta de manutenção. Nós do SindMetrô sempre lutamos contra essa manutenção terceirizada. Os contratos de terceirização são altíssimos e não prestam um serviço de qualidade. Esse descarrilamento é o reflexo dessa manutenção terceirizada. Por isso lutamos contra”, afirmou a entidade em nota.

Em vídeo, a diretora de Administração e Finanças do SindMetrô-DF, Renata Campos, questionou: “Como privatizar algo que já está privatizado? Este tipo de serviço de manutenção é terceirizado, existem contratos pagos anualmente para que este serviço seja feito. Isso é prova de que a privatização não funciona”. “O que a gente precisa é que acabe esse descaso com a população, com os usuários do Metrô e com os funcionários”, concluiu Renata.

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