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Brasília

Mais de um milhão de fiéis foram ao Pentecostes

Último dia da celebração católica no Taguaparque recebeu cerca de 300 mil pessoas a mais que sexta e sábado

Vítor Mendonça

05/06/2022 21h00

Atualizada 06/06/2022 6h29

Foto: Renato Alves / Agência Brasília

Mais de 1,1 milhão de fiéis se reuniram na tarde e noite deste domingo (5) no Taguaparque para o último dia da celebração anual de Pentecostes, considerado um dos maiores eventos católicos tradicionais do Distrito Federal. Esta 23ª edição marca a volta presencial da celebração após dois anos sendo feita em proporções menores e com transmissões ao vivo.

A celebração de Pentecostes acontece 50 dias após o domingo de Páscoa e representa, na fé cristã, a descida do Espírito Santo aos discípulos e seguidores de Jesus que estavam reunidos em Jerusalém para recebê-lo após a subida de Cristo aos céus. Em Brasília, a comemoração em Taguatinga aconteceu pela primeira vez em 1999, com o padre Moacir Anastácio, pároco da Paróquia São Pedro na cidade.

Estavam presentes na cerimônia o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha e a primeira-dama Mayara Nogueira, o deputado Rafael Prudente, a ex-ministra Damares Alves, a viúva de Joaquim Roriz, Weslian Roriz, e o neto, homônimo do ex-governador, subsecretário de Ações Comunitárias do DF.

O público total que esteve presente desde o início da celebração, iniciada oficialmente às 16h, acompanhou a chegada da imagem representativa de Maria, mãe de Jesus, cantou hinos e músicas, fez orações, ouviu três testemunhos de cura embasados no Pentecostes, participou de uma ceia e finalizou a tradição queimando as velas do terceiro dia de comemoração, acesa para o Espírito Santo.

Na sexta-feira (3) e no sábado (4), as velas foram acesas a Deus Pai e a Deus Filho, Jesus, respectivamente. Nestes dias, o público presente no Taguaparque foi de aproximadamente 800 mil pessoas por dia, segundo estimativa da coordenação do evento.

Para Joana Nunes de Castro, 60 anos, a volta da celebração presencial no Taguaparque foi de muita comoção. “Eu me emocionei muito quando cheguei aqui na sexta-feira. Foi muito difícil ficar esses dois anos sem Pentecostes [presencialmente]”, afirmou. Ela, que há 22 anos participa da tradição católica no DF, disse estar muito agradecida.

“Tenho de agradecer a Deus por tudo. Sem Ele, eu não estaria aqui. Graças a Deus durante esse tempo de pandemia, ninguém da minha casa pegou covid, então sou muito grata por isso. Meu marido fez um tratamento de câncer e está curado. Sem essa fé da descida do Espírito Santo a gente não vive. Pentecostes significa para mim alegria, saúde e fé”, destacou.

Lino Gonçalves Ferreira, de 59 anos, vai ao Pentecostes desde 2016 e não perdeu a celebração de nenhum ano, nem mesmo sendo on-line. Vindo de Recanto das Emas, ele garantiu um lugar perto do palco para não perder nenhum detalhe. “Foram muito difíceis esses anos sem vir [ao Taguaparque]. É obra de Deus estarmos aqui. […] Para mim Pentecostes significa o amor de Deus”, disse.

Wberthyer Araújo, 55, coordenador do evento há oito anos, destaca que esse ano o público superou as expectativas, principalmente por ser ainda durante a pandemia da covid-19. Para ele, o evento foi marcado por muito amor, emoção e alegria de estar novamente presencialmente com tantos fiéis.

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