Menu
Brasília

Mais de 80 mil pessoas passaram pelo Nilson Nelson para prestigiar o Hallel

Arquivo Geral

18/09/2011 11h24

Larissa Santiago
larissa.santiago@jornaldebrasilia.com.br

 

Os católicos do Distrito Federal celebraram mais uma edição do Hallel durante todo o dia de ontem, no Ginásio Nilson Nelson. Promovida pela Arquidiocese de Brasília  com o tema “Tende Confiança, Sou Eu, não tenhais medo”, a festa chegou em sua 16ª edição. Neste sábado, os fiéis lotaram a sede do evento, que também abrangia o lado de fora do ginásio. A organização estima que mais de  80 mil pessoas passaram por lá.

 

A celebração começou por volta das  8h com uma missa de abertura  presidida pelo novo arcebispo de Brasília, dom Sérgio da Rocha. “Este é um evento muito importante por tratar-se de uma celebração da fé. É essencial que estejamos juntos neste momento”, afirmou. Segundo o arcebispo, o Hallel atinge a comunidade em dois pontos. “O primeiro deles é a fé que une todas essas pessoas. E depois é a convivência com o outro, que é motivada aqui”, explicou o religioso.

 

Para dom Sérgio, o evento proporciona a união da população por um mesmo objetivo. Ele acredita que as pessoas estão cada vez mais individualistas quando o assunto é religião. “É importante estarmos juntos, pois hoje há o que eu chamo de privatização da fé. Cada vez mais as pessoas vão vivendo a religião ao seu modo e sozinhas”, explica.

 

 

Depois da missa, o Hallel seguiu durante todo dia  até às 21h – dentro e fora do ginásio. Além dos shows, ocorreram diversas atividades paralelas e simultâneas para todas as idades, como pregações, Espaço Jovens e Músicos, esportes radicais,  SOS Oração, capela, confessionários, entre outras opções.

 

Para as crianças, havia um espaço especial. Era o Hallelzinho, que tinha uma programação voltada especialmente para os pequenos com shows e até pintura de rosto. Já quem estava afim de dançar, podia contar com o HalleMix, um espaço destinado para quem quisesse dançar um pouco de música eletrônica.

 

Família reunida

Essa foi a primeira vez que a família Souza compareceu completa ao Hallel. Já a primeira vez que o  casal Denize e Fernando visitou o evento foi em 1996. “Na primeira vez que viemos estávamos namorando e, algumas vezes, eu vim grávida também”, lembra a dona de casa Denize Souza, 32 anos. Ontem, ela foi com os três filhos: Lizandra, 13 anos, Letícia, 6 anos e Lucas, 2 anos.

 

O casal aproveitou ainda para levar a  amiga da filha para conhecer a festa. “Eu acabei de chegar e ainda não sei direito como vai ser o evento, mas pelo que vi aqui no Hallelzinho eu gostei”, disse a estudante Layane Cristine, de 13 anos.

 

Para Denize, um dos espaços mais legais no evento deste ano é o que foi criado para as crianças. “É interessante  porque fala a linguagem deles. O intuito deste evento é evangelizar e aqui a gente tem acesso a isso de várias formas”, conta.

 

 

O que mais chamou  atenção no Hallel deste sábado foi a grande quantidade de jovens que marcaram presença no evento. Segundo o padre João Firmino, os adolescentes vão até o evento por se identificarem com o que é promovido.
“Nesta fase, a juventude quer encontrar seu valor e também se divertir. Aqui eles vão para a balada de Deus, encontram as respostas para seus anseios. Cada um encontra Deus à sua maneira”, brincou.

 

Um grupo de adolescentes saiu de São João da Aliança (GO), a 152 quilômetros de Brasília, para participar da celebração. Eles vieram em um ônibus com outras pessoas especialmente para o evento.

 

“Estamos achando o evento muito bom, muito bem organizado”, pontuou uma das jovens. O mais novo do grupo, Gabriel Eiji, de 12 anos, confessou que foi para o evento também pela oportunidade de confraternizar com os colegas. “Eu também vim pela bagunça. O pessoal me falou que é muito animado e estou gostando bastante”, disse.

 

Grande alcance

O arcebispo dom Sérgio vê com animação a presença de tantos jovens em um evento religioso. “É bom ver que o Hallel tem esse alcance. A igreja está destacando a evangelização da juventude por meio  de um evento como esse”, opina.

 

Dom Sérgio aprova ainda a utilização do evento como forma de interação entre os adolescentes. “Eles se reúnem não só para louvar ou conviver, mas também para evangelizar. Eles podem se conhecer melhor e participar ativamente do processo de  evangelização”, opina.

 

A estudante Taísa Guimarães, 15 anos, promete volta em 2012. “Nós viemos tanto pela bagunça quanto pelo evento em si. Ano que vem nós voltaremos com certeza”, diz.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado