A Justiça do Distrito Federal mandou soltar os 14 policiais militares que estavam presos acusados de torturarem um colega de farda durante o 16º curso de formação do Patrulhamento Tático Móvel do Batalhão de Choque (BPChoque).
Os militares devem ser soltos ainda na manhã desta quinta-feira (3). Desde a última segunda-feira (29), policiais estavam em prisão preventiva no 19º Batalhão, mais conhecido como a Papudinha, após o Ministério Público (MPDFT) desencadear uma operação.
A decisão judicial foi assinada pelo desembargador Sandoval Rodrigues. “Não se extrai fundamentos concretos justificando a imprescindibilidade da medida extrema, porquanto carente de razões precisas a justificar o risco de a liberdade dos pacientes representar à apuração dos fatos”, disse na nota o magistrado.
Foram impostas medidas cautelares aos 14 PMs, como a proibição de acesso à referida unidade militar; a proibição de contato com qualquer dos investigados; e a proibição de contato com a vítima.
A liminar de soltura foi expedida um dia após o pedido de habeas corpus da Associação Caserna.
As investigações continuarão sob a responsabilidade do Departamento de Controle e Correção da PMDF. As medidas cautelares impostas pela auditoria da PM seguem em vigor, como o afastamento do Comandante da unidade, o Tenente-Coronel Calebe, e a suspensão do 16º Curso de PATAMO da PMDF.
