Menu
Brasília

Jovem alegou “defesa de sua honra” após 59 facadas em amigo na Granja do Torto.

O jovem alegou que a vítima tentou ter relações sexuais com ele: “Não aceito esse tipo de viadagem”, disse.

Redação Jornal de Brasília

25/07/2022 22h25

Foto: Divulgação PCDF

Por Tereza Neuberger
[email protected]

Samuel Barbosa Ferraz, de 20 anos, preso após assassinar Francisco Vitoriano do Nascimento, 60 anos, com 59 facadas e golpes de enxada, alegou ter cometido o crime em “defesa de sua honra”. O crime ocorreu no dia 16 de junho deste ano, durante o feriado de Corpus Christi, na Granja do Torto. Após sua prisão, o acusado confessou e detalhou o crime na delegacia.

A 2ª Delegacia de Polícia, encerrou o Inquérito Policial com a prisão de Samuel. Conforme foi apurado pelas investigações o crime se deu por motivo fútil, com impossibilidade de defesa da vítima e meio cruel, em razão da vítima ter sido golpeada por 59 vezes com uma faca, além de ter sofrido golpes de enxada na cabeça. “O indiciado foi preso preventivamente e confessou o crime, alegando tê-lo cometido em defesa de sua honra.”afirma a delegada Bruna Eiras, da 2ª DP.

Segundo o criminoso, ele atingiu Francisco com alguns socos e dois golpes com o cabo de uma enxada até cair no chão, após uma suposta tentativa de manter relação sexual. O acusado afirmou que a vítima tentou tirar seu short quando estava deitando se preparando para dormir.

Samuel revelou aos policiais que teria, em seguida, acertado com uma faca o pescoço de Francisco várias vezes. O assassino revelou ainda estar com muita raiva no momento do crime pois “não aceitava esse tipo de viadagem”. De acordo com as investigações, o jovem teria sido convidado pela vítima para passar algumas noites na propriedade.

Após o assassinato, Samuel revelou que saiu da casa para pensar o que faria e decidiu voltar e se certificar do que teria feito. Samuel desferiu então, mais facadas na barriga de Francisco. Depois, contou ter coberto o rosto da vítima e deitado ao lado do cadáver após ingerir algumas doses de cachaça.

O criminoso se livrou da arma do crime no dia seguinte ao assassinato. Ele saiu para o trabalho pela manhã e deixou o corpo trancado no local. Logo depois, teria seguido para o trabalho, em uma obra. Fez contato com os chefes e pediu que suas diárias fossem pagas por meio de Pix. O jovem seguia para Ceilândia e se livrou da faca usada no crime durante o trajeto.

Samuel foi preso quando equipes da 2ª DP cumpriram mandado de prisão preventiva um mês após o crime. “O autor já possuía passagens por ameaça, resistência, desacato e desobediência, além de outros atos infracionais em sua menoridade, até por homicídio.” afirma a PCDF.

O criminoso deve aguardar o julgamento preso, no Centro de Detenção Provisória (CDP), no complexo penitenciário da Papuda. Se condenado pode pegar uma pena de 12 a 30 anos de reclusão.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado