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Brasília

Irmãos sonham com adoção

Para eles, a família ideal é aquela com amor e carinho acima de tudo. “Uma que não nos maltrate”, completa Maria, a pequena de 11 anos

Redação Jornal de Brasília

10/06/2022 17h44

Foto: TJDFT

Os irmãos Zenilda, de 14 anos, Kauã, de 12, Maria Francisca, de 11, e Francisco Joaquim, de 8, têm o mesmo sonho: o de serem adotados juntos.

Unidos, gostam de brincar, ver filmes e passear. Para eles, a família ideal é aquela com amor e carinho acima de tudo. “Uma que não nos maltrate”, completa Maria, a pequena de 11 anos.

Os quatro formam um dos grupos de irmãos que esperam para ser adotados no Distrito Federal e integram o Em Busca de um Lar, programa de sensibilização para adoção fora do perfil clássico desenvolvido pela Vara da Infância e da Juventude (VIJ-DF).

A iniciativa visa aumentar a chance daqueles que não costumam ser a escolha óbvia dos pretendentes à adoção – adolescentes e crianças mais velhas, que pertencem a grupos maiores de irmãos, sejam pessoas com deficiência ou tenham graves problemas de saúde.

Hoje, 70% dos habilitados a adotar no DF aceitam acolher mais de um filho, no entanto, o número cai para 20% quando se trata de grupos a partir de três crianças ou adolescentes. Outro fator importante é a faixa etária: 75% das famílias estão abertas a acolher crianças até os 3 anos, sendo que elas representam menos de 10% do cadastro do DF.

Diferentes, mas com o mesmo sonho para o futuro

Zenilda é a irmã mais velha. Supercriativa, ela adora moda e costurar. Colocando o gosto na prática, ela customiza suas próprias roupas e gosta de montar looks. “Costurar é a coisa que mais gosto”, declara a menina. Ela também ama estudar e assistir televisão. Na escola, as disciplinas de Artes, Educação Física e Redação são as favoritas. As duas primeiras também são as matérias de preferência de Kauã. O irmão adora cinema, assistir a filmes e séries e até já se aventurou como dublador em um filme aqui de Brasília. Ele gosta de cozinhar, jogar videogame e queimada – conta que sua irmã Zenilda o treinou no esporte. “Hoje eu sou muito melhor que ela”, brinca o irmão.

Brincar é o que Maria Francisca diz que mais curte. A brincadeira favorita é uma predileção familiar: a queimada. Na escola, ela engrossa o também gosto da família pela Educação Física e acrescenta como estudos favoritos os de História e Português. O caçula, Francisco Joaquim, prefere ler, descobrir coisas novas, de animais e de tudo na escola. Os irmãos falam que ele é o mais curioso.

Ao perguntar como se imaginam no futuro, eles não respondem com profissões, como costumam fazer muitos pequenos. “Pro futuro eu imagino estar com uma família que nos dê amor e cuide de nós”, fala a porta-voz dos quatro, Zenilda. “E que dê abraços”, completa Joaquim Francisco.

Esthella Borges, psicóloga da instituição em que estão acolhidos, conta que eles são muito unidos. “Os quatro querem a adoção, mas não querem ser separados, querem crescer juntos”, explica ela. A psicóloga acredita que a família que os adotar vai agregar muito, e não só por serem quatro irmãos. “Os meninos são bem tranquilos, muito carinhosos, se vinculam muito bem às pessoas. Além de aprender muito com a família, acho que eles também têm muito a ensinar”, completa Esthella

Busca ativa

Para alcançar seu propósito, o Em Busca de um Lar usa a ferramenta da busca ativa, isto é, a procura proativa por famílias em condições legais de adotar. Para chegar até essas famílias, o programa dá voz a meninas e meninos que não se enquadram no perfil clássico de adoção por meio de fotos e vídeos produzidos pela Seção de Comunicação Institucional da VIJ-DF.

Todo o material de divulgação conta com a prévia preparação emocional e concordância dos participantes e de seus guardiões institucionais, além de expressa autorização judicial. As imagens são divulgadas no site do TJDFT e nas redes sociais, bem como pelos veículos de imprensa que espontaneamente apoiam a ação.

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