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Brasília

Ibaneis participa de debate com grupo Lide e fala sobre dengue e superávit histórico

O encontro contou também com a participação do Secretário de Economia do Distrito Federal, Ney Ferraz

Carolina Freitas

22/02/2024 16h44

Foto: Carolina Freitas

O Grupo de Líderes Empresariais (Lide) de Brasília reuniu-se, nesta quinta-feira (22), para almoço-debate com a presença do governador Ibaneis Rocha. O encontro contou também com a participação do Secretário de Economia do Distrito Federal, Ney Ferraz, para palestrar sobre o tema: “Desafios e Oportunidades para a economia do DF”.

Durante o almoço-debate, o secretário apresentou os bons resultados econômicos do DF registrados no ano de 2023. De acordo com a prestação de contas do terceiro quadrimestre do ano passado, a capital registrou o maior superávit orçamentário da história: R$ 2,6 bilhões. Os dados foram apresentados pelo GDF à Câmara Legislativa do DF ontem (21) durante audiência pública, e reforçado no encontro do Lide Brasília.

Em todo o ano de 2023, o DF arrecadou R$ 33,36 bilhões, uma superação de 7,67% do esperado nas leis orçamentárias. Segundo a Secretaria de Economia, o valor foi possível graças ao ICMS, que representou 46,19% da receita tributária (R$ 10 bilhões), IRRF (R$ 4,2 bilhões), ISS (R$ 3 bilhões) e IPVA (R$ 1,6 bilhão).

O secretário Ney Ferraz destacou os desafios enfrentados pelo DF no início de 2023, no qual não impediu a capital de gerar bons resultados. “O ano de 2024 começa bem diferente do ano passado, tendo em vista que no início de 2023 nós tínhamos uma previsão ruim. As mudanças nas emendas que mexeram no ICMS dos combustíveis, da energia e das comunicações geraram impactos negativos, além da instabilidade que se tinha com a mudança no Governo Federal”, disse.

Para 2024, a expectativa é de um ano mais saudável financeiramente: “Esse ano nós temos maiores perspectivas, com melhorias para podermos garantir a folha de pagamento dos servidores e os aumentos dos salários já previstos. Além de garantir a continuidade dos programas sociais e das obras de infraestrutura. Nós também queremos garantir a expansão de investimento na saúde e educação”, completou o secretário.

Em relação a parceria com o setor empresarial, Ney garantiu que o objetivo é ampliar as parcerias: “Nós queremos ampliar os horizontes e a parceria com os empresários, para buscar cada vez mais projetos em conjunto. O nosso foco é a geração de emprego e renda, e os empresários são uma pedra primordial para o aquecimento da economia do DF”, finalizou.

Já o governador Ibaneis falou sobre o compromisso do GDF com as contas públicas: “Nós começamos o ano com a crise da dengue, no qual nos obrigou a fazer grandes investimentos. Mas a nossa meta é manter o caixa do DF em dia, para pagar os salários, proporcionar os reajustes e as melhorias para as categorias. As grandes obras que estamos fazendo só estão sendo possível graças à responsabilidade fiscal com a qual tocamos a cidade desde o início do mandato.

Ao ser questionado sobre a redução de tributos, o governador disse ser a favor: “Eu sou totalmente favorável à questão de redução de tributos, principalmente em relação ao ITBI. Os estudos dos impactos da redução do ITBI estão sendo feitos, mas tudo com muita responsabilidade. Na minha opinião, quanto menos o governo cobra mais ele arrecada. Essa é a minha visão de governo”.

Para o presidente do Lide Brasília, o empresário Paulo Octávio, o crescimento da economia do DF reflete em bons olhos para o setor empresarial que deseja investir na capital. “O superávit fiscal é uma excelente notícia para nós, até porque a expectativa é maior para este ano. Em 2024, nós teremos muito mais coisas acontecendo em Brasília, mais eventos, congressos e seminários. Dessa forma, a cidade ocupa cada vez mais o seu papel institucional de capital da República. Assim, nós temos uma cidade efervescente, com uma economia aquecida”.

Dengue

Ainda no almoço-debate do Lide Brasília, Ibaneis citou os impactos que a dengue está causando na saúde pública e privada do DF: “Os hospitais tanto da rede pública como da privada do DF já entraram em colapso. Nós estamos vivendo uma crise muito grande. Com foco em reduzir esses impactos, nós publicamos na quarta-feira (21) um decreto ampliando o atendimento nas unidades básicas de saúde e das tendas de hidratação. O momento é grave, mas nós ainda não chegamos no pico da epidemia. O que nós queremos agora é acolher a população da melhor maneira possível”.

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