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Brasília

Hospital de Base e de Santa Maria fazem parte de projeto com foco no coronavírus

O projeto busca reduzir superlotação de prontos-socorros e aumentar a capacidade instalada com foco no novo coronavírus no DF

Redação Jornal de Brasília

15/04/2020 18h10

Fachada do HBDF (Hospital de Base de Brasília). Fotos: Renato Araújo / Agência Brasília.

O Hospital de Base (HB) e o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) começaram a participar, nesta semana, de projeto que busca reduzir superlotação de prontos-socorros e aumentar a capacidade instalada com foco no novo coronavírus. Trata-se da iniciativa Lean nas Emergências – Plano de Resposta Hospitalar Covid-19, do Ministério da Saúde, realizado em parceria com o Hospital Sírio-Libanês.

Nesta quarta-feira (15), foi realizada a primeira reunião para implantação do projeto com representantes do Hospital Sírio Libanês, no Hospital de Base. Ontem (14), o encontro foi promovido no Hospital Regional de Santa Maria. Ambos são geridos pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF). As UPAs, também geridas pelo IGESDF, começaram a participar de um projeto semelhante desde 31 de março. (Confira a matéria completa das UPAS).

“O projeto Lean tem revolucionado as portas de urgência e emergência no Brasil e, nesse momento de crise, temos que fortalecer todos os nossos mecanismos de resposta, por isso, esse projeto é estratégico e voltado para toda a gestão”, ressaltou o diretor-presidente interino do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF), Sérgio Costa.

Para o superintendente do Hospital de Base, Weldson Muniz, a iniciativa norteia ações importantes, oferecendo caminhos mais rápidos para resolver as demandas. “Nós temos que atuar como multiplicadores dessa ideia para colocar para funcionar. Os resultados em outros hospitais, como no Hospital Regional da Asa Norte, tem nos surpreendido”, disse.

De acordo com o médico emergencista do Sírio-Libanês e responsável pela metodologia Lean, Gutemberg Lavoisier, além do projeto diminuir o tempo de espera do atendimento nas portas de emergência, vai otimizar o giro de leitos e a busca por leitos vagos. Segundo ele, não há dúvida de que os processos assistenciais são muito bem feitos, sendo o foco nos processos de trabalho operacionais.

“Não temos tempo para esperar a pandemia acabar para implantar nossa metodologia. Temos que acabar com a superlotação. O hospital tem uma capacidade instalada e nosso objetivo é aumentá-la. A força desse vírus é sua altíssima transmissibilidade. Sabemos que 4% das pessoas contaminadas precisam de UTI e de 14% a 15% precisam de internação. Temos que otimizar esses leitos”, finalizou Lavoisier.

Ele explicou que, durante o período de implantação, que tem duração média de seis meses, serão feitas visitas e reuniões técnicas para orientar as equipes. Posteriormente, as ações serão monitoradas para verificar os resultados.

Confira alguns dos benefícios do projeto Lean nas Emergências:

  • Aumento do giro de leitos.
  • Engajamento da equipe e o apoio da direção.
  • Medidas assertivas de gestão e reabastecimento de medicamentos.
  • Mais qualidade nos serviços prestados.
  • Redução do tempo médio de permanência.
  • Novo fluxo de atendimento ao paciente e de trabalho da equipe envolvida.
  • Maior agilidade das atividades voltadas a assistência e melhor orientação das equipes para a “tomada de decisão”.
  • Construção coletiva do Plano de Contingência.
  • Aumento da satisfação dos usuários e dos colaboradores atuantes na unidade.

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