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Brasília

Grupo pode ter causado prejuízos de até R$ 500 mil com golpes em imobiliárias

Arquivo Geral

11/05/2018 22h06

Tony Winston/Agência Brasília

Ana Clara Arantes
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Cinco estelionatários que aplicavam golpes em imobiliárias do Distrito Federal e de Goiás foram presos nesta quinta-feira (10) pela Polícia Civil. Também foram detidos dois receptadores. Os suspeitos residem no Arapoanga, em Planaltina, e foram detidos quando estavam prestes a praticar outra fraude. A investigação analisou 35 ocorrências em dez cidades diferentes e durou dois meses. Os prejuízos estimados podem chegar a R$ 500 mil.

O crime consistia em pegar chaves de imóveis em empresas sob o pretexto de conhecer o lugar. Quem entrava em contato com a imobiliária era Fernanda das Dores Costa, 42 anos, apontada como líder do grupo. Já a visitação era feita por sua mãe, Maria Natália Fernandes Costa, 64. Ela tirava, então, uma cópia da chave e garantia acesso ao imóvel.

Modus Operandi

A partir daí, eles ligavam para representantes comerciais e faziam pedidos de diversos produtos como aparelhos de ar-condicionado, materiais para construção, tintas e eletrônicos. Durante a entrega das mercadorias, outros dois integrantes da quadrilha, Taís Alves dos Santos Vieira, 20, e Paulo de Oliveira Ferreira, 32, se passavam por um casal e fingiam que realizariam o pagamento com um cartão bancário já programado para não funcionar.

No momento da transação, um deles simulava ligar para a mãe de Paulo, que estaria internada em um hospital e seria a responsável por fazer o pagamento. Segundo Pedro Luis Moraes, titular da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), eles convenciam por se passarem por família de classe média. “Existiam dois elementos para que eles conseguissem enganar e convencer as vítimas. O primeiro era a casa – que era boa – e o segundo era o fato do rapaz fingir ser servidor público”, detalha.

Cúmplices

Outro homem identificado como Jacilo Batista dos Santos Junior, de 29 anos, também fazia parte do grupo criminoso. Além deles, mais dois receptadores foram identificados e presos em flagrante por adquirir produtos do grupo com frequência, mas suas identidades foram preservadas. De acordo com o delegado do caso, a polícia continua à procura por mais participantes. “Vamos verificar também se não há servidor público de Goiás envolvido”, explica.

O bando deve responder pelo crime de estelionato e associação criminosa, podendo pegar de um a cinco anos de reclusão por ambos os crimes. “O que vai diferenciar a pena é a quantidade de estelionatos que eles praticaram. Os integrantes serão condenados por cada crime cometido. Somando as penas, espera-se que dê uma quantidade razoável para que ao menos iniciem a cumprir a pena em regime fechado”, diz o delegado.

Os golpes mais consideráveis foram aplicados em casas na Asa Norte, Asa Sul, Guará, Lago Sul e Núcleo Bandeirante. Segundo o delegado, o valor do prejuízo dos comerciantes está estimado entre R$ 300 mil e R$ 500 mil. Em alguns casos, os entregadores tiveram que arcar com os prejuízos.

Durante a operação a PCDF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão. Todos os criminosos estão presos preventivamente, sem prazo para serem liberados.

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