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Brasília

Furtos recorrentes em igrejas do DF preocupam fiéis

Em duas semanas, duas igrejas, em Ceilândia e no Itapoã, foram alvos de invasões, o que colabora para o sentimento de insegurança.

Redação Jornal de Brasília

31/08/2023 20h22

Duas igrejas foram alvos de furtos na noite da última quarta-feira (30) no Distrito Federal. A Paróquia Senhor Bom Jesus, no Setor O, em Ceilândia, e a Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério Central do Paranoá, na Fazendinha do Itapoã, tiveram pertences como computadores, cabos de transmissão, energia e telefonia levados pelos invasores, que pularam os muros das unidades para acessar o interior dos templos.

Esta não é a primeira ação dos criminosos nas igrejas em questão. Em 15 dias, foram duas invasões em cada uma delas, o que colabora para um sentimento de insegurança nas regiões. Na igreja do Itapoã, o primeiro furto recente aconteceu no último dia 20 de agosto, quando um homem deixou um prejuízo de aproximadamente R$ 7 mil para a instituição religiosa.

O pastor presidente Francisco Rodrigues, 63 anos, que lidera a Assembleia de Deus no Itapoã há 12 anos, destaca que após o episódio, a igreja instalou câmeras de segurança para identificar ações criminosas no interior do estabelecimento. Na última quarta-feira, portanto, o líder religioso e os fiéis conseguiram visualizar a ação de dois homens que entraram pelo mesmo local do primeiro arrombamento.

“Acessaram pelo lote vizinho e romperam a porta lateral. Da primeira vez levaram caixa de som, computador, aparelho de DVD, cabos. Ousadamente, por volta das 20h30, mesmo com movimento na rua, foram novamente para lá. Mas como o sistema já estava funcionando, conseguimos ver a ação deles em tempo real”, explicou o pastor.

Após verem as imagens, alguns fiéis se mobilizaram em direção à igreja e conseguiram alcançar os dois criminosos com os novos objetos que tentaram levar, sendo outra caixa de som e mais cabos de transmissão. Os membros impediram a fuga da dupla e a polícia chegou logo em seguida, dando voz de prisão aos suspeitos, que foram levados para a 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).

Segundo o pastor, este não é um acontecimento isolado. Outros vizinhos, tanto igrejas quanto comércios, têm relatado a mesma insegurança passada por ele. “Tem uma igreja aqui na esquina [da rua] que também já foi vítima mais de uma vez [de furtos]. Muito provavelmente tem um mesmo grupo ou pessoa liderando esse movimento aqui nesse setor”, afirmou.

Como os fiéis se expuseram na perseguição aos criminosos na última quarta-feira, o receio do pastor e dos membros é que haja, de alguma forma, alguma retaliação. “Ninguém sabe quem são essas pessoas, se é um grupo, se moram aqui ou se são de fora. Criou-se esse medo, de estarmos aqui reunidos e eles virem. Eles foram presos de maneira competente, mas não é garantia que vão ficar presos, do jeito que é nossa justiça atualmente”, disse.

“E isso não nos dá a sensação de segurança”, reafirmou. Para conter outras ações, o pastor planeja instalar mais estruturas de ferro para reforçar a segurança e a estabilidade das portas. As barras encomendadas já chegaram para o início das instalações. “Não podemos parar com a igreja e nossas atividades. Temos salas de aula de crianças e adolescentes, projetos filantrópicos e atividades que atendem as pessoas que necessitam de ajuda. Mas a sensação de insegurança fica”, finalizou.

De acordo com a Polícia Militar do DF (PMDF), o furto na igreja do Setor O não foi encontrado nos registros da corporação. “Informamos ainda que o patrulhamento é feito diuturnamente em todas as cidades, no caso de alguma ocorrência, é necessário que a vítima acione a Polícia Militar através do 190 e, em seguida, registre um boletim de ocorrência”, afirmou, em nota.

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