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Brasília

Famílias de baixa renda de Samambaia receberam nova <i>senha</i> de acesso à distribuiçã

Arquivo Geral

10/12/2009 0h00

Mãe solteira de quatro filhos – um de nove meses e outros três de 9, 12 e 14 anos –Vaneime Santos Rosa, 34 anos, é literalmente freguesa de carteinha dos programas sociais e de qualificação profissional oferecidos pelo Governo do Distrito Federal. “Fiz o curso de cabeleireira no A-Tenda do Trabalhador e não perco uma oportunidade na Escola Aberta. Aprendi a fazer ponto cruz, biscuit, pintura em pano de prato, cachecol e a fabricar caixa”, revela a mulher pra lá de prendada.


“Eu era leiga. Quando eu teria dinheiro para fazer todos esses cursos? Hoje, consigo sustentar a minha família. Consegui comprar o meu material de cabeleireira e virei um salão de beleza ambulante. Saio de casa em casa oferecendo o meu serviço aos clientes”, completou a moradora da quadra 318 de Samambaia Sul.


O orçamento contadinho de Vaneime é reforçado diariamente. Nesta quinta-feira (10), ela foi uma das 2.959 chefes de família que compareceram à antiga administração de Samambaia para trocar as antigas cartelas pelos modernos cartões do pão e leite. “Agradeço a Deus todos os dias por esse benefício. O fato de eu receber diariamente um litro de leite e dois pães e de ter direito ao Cartão Vida Melhor (auxílio de R$ 180) faz muita diferença nas minhas contas”, comemora.


Ontem, tiveram acesso à troca das cartelas pelo cartão, idosos, gestantes, nutrizes e pais de crianças com no máximo seis anos de idade. O subsecretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, Edgar Lourencini, coordenou a distribuição. “Samambaia é uma das cidades do Distrito Federal que ainda recebia o pão e o leite por cartela. A mudança para cartão dá mais transparência e segurança tanto para quem recebe quanto para o Governo.”


Um dos requisitos para ser atendido pelo programa é comprovar baixa renda. Quem tem um filho recebe dois pães e um litro de leite. As famílias com duas crianças ganham quatro pães e dois litros de leite. Com três, seis pães e três litros de leite. A partir de quatro filhos, as famílias ganham oito pães e quatro litros. O alimento para quem atende às exigências é entregue em pontos de distribuição espalhados pelas cidades do Distrito Federal.


Viúva, a feirante Eunice dos Reis Cabral, 57 anos, pegou seus dois pães e o litro de leite e correu para casa. “Esse aqui é o meu café da manhã diário. Com isso economizo uns trocadinhos para pagar as minhas contas e pagar o INSS. Tenho que cuidar da minha aposentadoria”, sorriu.

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