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Brasília

Família acumuladora de Planaltina recebe atendimento social do GDF

A casa onde eles moravam apresentava um cenário desolador, com todo tipo de lixo, repleto de excrementos e alimentos estragados

Redação Jornal de Brasília

16/08/2023 19h09

O lixo acumulado propiciava diversos tipos de vetores de doenças, como o mosquito da dengue | Foto: Sedes/Divulgação

Uma família composta por uma senhora de 82 anos e seu filho, de 50 anos, foi atendida em uma ação coordenada pelos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e de Referência de Assistência Social (Cras) de Planaltina, com apoio de outros órgãos do Governo do Distrito Federal (Administração Regional de Planaltina, Polícias Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Novacap, que retirou cerca de 20 m³ de entulho da casa dos dois na manhã desta quarta-feira (16). Há mais um filho dela, porém, sem paradeiro conhecido.

A casa onde eles moravam apresentava um cenário desolador, com todo tipo de lixo, repleto de excrementos e alimentos estragados na geladeira. De armário a sacos com lixo, cerca de 20 m³ de entulho foi recolhido durante a operação. Calcula-se que de 2 e 3 toneladas de sujeira encheram dois caminhões.

Vizinho e conhecido da família, o aposentado João Figueiredo está nas proximidades há 12 anos. “Era uma situação degradante. Ela (a idosa) não tem condições de se manter por causa da idade avançada e o filho não conversa com ninguém”, relata o morador. “Se estivessem com fome, a gente providenciava a alimentação. Se adoecessem, a gente levava ao hospital. Por isso resolvemos acionar o Creas e o Cras para darem o suporte e fazerem a intervenção devida”, complementa.

De acordo com a gerente do Creas local, Marília Moreira, a situação é conhecida na região e uma ação parecida ocorreu há cerca de dois anos, mas a família voltou a acumular entulho, o que trouxe diversos tipos de vetores de doenças como, além dos citados, o mosquito da dengue. “Hoje é um trabalho de intenso de limpeza. Amanhã, uma profissional de saúde vem para verificar o quadro geral dos dois. Além das condições físicas, o laudo médico deve relatar possíveis quadros relacionados a transtornos psicológicos”, destaca a especialista.

Segundo Marília, os próximos passos são oferecer o acolhimento institucional aos dois, atualizar o Cadastro Único familiar, principalmente para que tenha o Benefício de Prestação Continuada reativado; e encaminhar para a inclusão em outros serviços, programas e auxílios socioassistenciais. “Estamos em busca de parentes também para que possam fazer a gestão desses recursos. Caso não seja possível, vamos acionar as instâncias judiciárias para que seja nomeado um curador”, explica Alessandro Marques, gerente do Cras.

Doações

Mãe e filho ainda não aceitaram o acolhimento institucional e uma retirada compulsória não é admitida sem ordem judicial. Dessa forma, colchões, lençóis, produtos de higiene e algumas poucas roupas foram viabilizadas pelo Creas e pelo Cras. No entanto, como os objetos de casa não tinham mais qualquer condição de permanecerem lá, a família precisa de mais doações, de todo tipo, principalmente roupas, mobiliário, produtos para higiene pessoal, material para reparos estruturais, mão-de-obra e afins.

“A Política de Assistência Social atua na garantia de direitos, na proteção social e no protagonismo das famílias, mas tudo isso envolve fortalecimento de vínculos familiares. E, apesar da situação, essa mãe e esse filho têm um vínculo muito forte. Então, vamos coordenar todas as ações para que isso seja preservado ao máximo”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.

Quem quiser e puder doar ou ajudar de alguma forma, deve entrar em contato com o Creas Planaltina, de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h, pelo telefone 3773-7010.

*Com informações da Agência Brasília.

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