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Brasília

Ex-ministro do TSE e amigo pessoal da família Villela testemunha a favor de Adriana

As indagações feitas tanto pela defesa quanto pela acusação giraram em torno da percepção da testemunha sobre o relacionamento de Adriana com os pais, se respeitoso ou de agressividade

Marcus Eduardo Pereira

29/09/2019 13h15

Vitor Mendonça

Vitor Mendonça
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A penúltima testemunha de defesa de Adriana Villela, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e amigo pessoal da família, Pedro Gordilho, esteve presente na vida familar dos envolvidos logo após o crime, para prestar solidariedade aos entes do casal Villela. De acordo com ele, Adriana se mantinha inquieta diante de possiveis atrasos na investigação policial e sugeria, a todo momento, a investigação do porteiro do prédio dos pais.

“Era um mantra de Adriana: ‘Investiguem Leonardo’, ela dizia constantemente”, afirmou. “Parece que era uma intuição dela.”

Conhecedor da historia da família desde o princípio, uma vez que era amigo pessoal de infância de Maria Villela e colega de trabalho de José Guilherme, as indagações feitas tanto pela defesa quanto pela acusação giraram em torno da percepção da testemunha sobre o relacionamento de Adriana com os pais, se respeitoso ou de agressividade.

“Acho que os atritos eram tão raros que acho inverossímel afirmar algo deste tipo. […] Nunca soube de nenhuma agressão da parte de Adriana conta a mãe”. Ainda sobre possíveis conflitos de uma suposta disputa financeira entre a ré e o irmão, além de desequilíbrios de mesma natureza com os pais, Pedro Gordilho foi categórico.

“Adriana é a pessoa menos ambiciosa que eu conheci em toda a minha vida. […] Em nenhum momento [ele e ministros do Tribunal] tivemos desconfiança da participação dela no crime. Inocência é uma palavra muito fraca, sempre acreditei na não culpabilidade de Adriana”, afirmou.

Após o assassinato do casal Villela e da empregada doméstica, Francisca Nascimento, três processos do advogado Guilherme, pai da ré, passaram a ser geridos pela testemunha em questão.

O julgamento

Neste domingo, sétimo dia de depoimentos do caso, ainda será ouvida a última testemunha da defesa, o perito Sami El Jundi, para falar acerca dos métodos utilizados pelos papiloscopistas na cena do crime. Após, está prevista a apresentação de um vídeo do depoimento de Leonardo Campos Alves, acusado como autor do crime da 113 Sul, há 10 anos, em 28 de agosto de 2009. Ele ainda se diz inocente.

Foto: Vitor Mendonça

Já são mais de 65 horas em Júri Popular no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O julgamento de Adriana Villela pelos crimes do caso 113 Sul é o mais longo da história do DF e permanece em andamento. A previsão é que o caso se estenda até a próxima terça-feira, salvo outros possíveis atrasos.

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