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Brasília

Escola do Núcleo Bandeirante é referência internacional em alimentação

Representante do Ministério da Educação do Equador, Adriana Mayorga conta que ficou encantada ao ver como as crianças chegam felizes

Redação Jornal de Brasília

25/05/2023 23h47

A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, recebeu o carinho das crianças da Escola Classe Ipê Amarelo | Fotos: Mary Leal, Ascom/SEE

Quando o assunto é alimentação escolar, a Escola Classe Ipê Amarelo é referência internacional no assunto. Localizada no Núcleo Bandeirante, a unidade oferece cinco refeições diárias, já que funciona em tempo integral (durante dez horas por dia) e envolve os 397 alunos em todas as etapas da alimentação, desde o preparo do solo até a colheita do alimento.

Nesta quinta-feira (25), a escola recebeu representantes da educação do Distrito Federal e de 12 países que estiveram em Brasília para participar do II Congresso Internacional de Alimentação Escolar, organizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Durante três dias, cerca de 350 especialistas debateram a importância de garantir uma alimentação adequada, saudável, contínua, universal e sustentável em escolas públicas.

A visita encerrou o congresso. Cerca de 60 representantes dos países da América Latina e Caribe conheceram a unidade de ensino e sua gestão de sucesso, além de projetos como a cozinha experimental e a horta escolar. Eles acompanharam o café da manhã e o almoço das crianças.

A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou a importância de uma escola pública de campo ser referência no quesito alimentação escolar e no desenvolvimento educacional integral e de qualidade: “A educação pode chegar com qualidade a qualquer lugar do Distrito Federal. Isso é gratificante para um gestor. Só temos que enaltecer a equipe que cuida da alimentação escolar; é uma merenda de qualidade, que compramos do agricultor familiar, e, assim, a gente fomenta novamente o campo. E eles [países presentes] estão vendo in loco como é que tudo isso funciona. O Brasil está inserido hoje num contexto de relevância mundial, em qualidade de merenda escolar”.

Representante do Ministério da Educação do Equador, Adriana Mayorga conta que ficou encantada ao ver como as crianças chegam felizes à escola e como são recebidas com carinho pelos profissionais presentes, além de receberem a devida alimentação. Entre as práticas observadas durante a visitação, ela vai buscar implantar duas em seu país: “De tudo que vimos, sem dúvidas, a horta escolar e a ideia da cozinha experimental me pareceram muito inovadoras”, disse.

Alimentação escolar no Distrito Federal

Quase todos os estudantes da rede pública do DF comem uma, duas ou até três refeições por dia na escola. No caso da Escola Classe Ipê Amarelo, que é de tempo integral, as crianças têm cinco alimentações por dia.

Os cardápios são planejados para atender até 70% das calorias diárias dos estudantes, e os alimentos são, na sua maioria, in natura ou minimamente processados. São elaborados por nutricionistas levando em conta peculiaridades nutricionais, sazonais e regionais e as quantidades necessárias de proteínas, carboidratos, frutas e hortaliças para o desenvolvimento de nossos estudantes, colaborando para melhorar o seu processo de ensino e aprendizagem.

Homenagem

Os nutricionistas Quelen de Sousa Rocha e Marcio Nazareno da Silva foram homenageados durante o II Congresso Internacional de Alimentação Escolar, em reconhecimento ao projeto Restaurante do Jardim: uma experiência para além da escola, desenvolvido no Jardim de Infância 603 do Recanto das Emas.

No Jardim de Infância 603 do Recanto das Emas, a alimentação saudável é trabalhada durante todo o ano letivo com as crianças. O trabalho começa no início do ano, com um “banho de lama”, no qual os alunos são incentivados a terem contato com a terra para desmistificar a ideia de que o local é sujo.

Além de terem o primeiro contato com a terra, as crianças também colhem alimentos na horta da escola para complementar a merenda. Na horta, os estudantes fazem a semeadura – cada turma tem o seu canteiro –, escolhem qual hortaliça vão plantar, cultivam e colhem os alimentos. As próprias crianças também  regam, tiram as ervas daninhas e fazem a colheita.

Após esse processo, as hortaliças são usadas nas cozinhas experimentais, na qual a professora utiliza o alimento que os alunos plantaram para preparar a refeição para a turma envolvida no projeto. Como última parte, é montado o Restaurante do Jardim, no pátio da escola. Lá, as crianças se servem.

*Com informações da Agência Brasília

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