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Brasília

Drogarias e farmácias sofrem com falta de repelente

Segundo dados do Sincofarma-DF, a venda de produtos dessa linha aumentou 60% desde o início do ano

Guilherme Pontes

08/02/2024 18h29

Foto: Guilherme Pontes/JBr

Em meio a epidemia de dengue no Distrito Federal, farmácias e drogarias sofrem com falta de repelentes. O produto previne a picada de mosquitos, entre eles, o Aedes aegypti, transmissor da dengue e de outras arboviroses, como zika e chikungunya. Segundo dados do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal (Sincofarma-DF), a venda de produtos dessa linha aumentou 60% desde o início do ano, se comparado com o mesmo período de 2023.

O aumento da procura por esse artigo tem complicado a vida dos atendentes de farmácia e dos clientes que, com medo, vão atrás de uma forma de evitar o mosquito. Segundo Lucas Lima, balconista de uma drogaria na Asa Sul, o produto acabou no local em que trabalha, sem perspectiva de reposição. O que não acabou são os produtos voltados a inibir os sintomas da dengue, mas a procura também é grande. “Paracetamol está saindo de 30 a 40 caixinhas por dia, tá muito escasso”, completa.

Situação similar é observada na drogaria em que Leonardo Caldas trabalha como supervisor. Ao contrário de outros comércios do ramo, Leonardo diz que os repelentes não sumiram da prateleira, mas que o movimento exigiu pedidos maiores e uma reposição constante. “Depois que os casos de dengue aumentaram, nós tivemos muita venda de repelente. Tivemos até que encomendar do estoque para repôr os que tem em loja, e os que repõem, acabam rapidamente”, afirma. “Até repelentes infantis, pessoas adultas estão usando”. Segundo diz, as encomendas de um dia conseguem suprir, no máximo, até o dia seguinte.

A procura por farmácias e drogarias se dá de forma, inclusive, similar ao que se observava em tempos de pandemia, com uma procura intensa por testes rápidos e por vacinas, que podem ser disponibilizadas na iniciativa privada. Segundo Leonardo, a aplicação do imunizante está sendo feita mediante aviso prévio. “Todas as unidades da rede, que aplicam a vacina, só atendem por agendamento como era com o Covid”, afirma.

De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), na última segunda-feira (05), a capital alcançou a marca de 46.298 casos de dengue, o que representa um aumento de 1.120,6% em relação ao mesmo período do ano passado, e 11 mortes causadas pela doença desde o começo do ano. Além disso, há a investigação de outros 45 casos suspeitos de morte pela doença.

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