A raiva é um doença infecciosa viral grave que afeta mamíferos, incluindo humanos, e possui uma letalidade próxima a cem por cento. A melhor maneira de prevenção é por meio da dose antirrábica. Para proteger os seus pets, os brasilienses terão, neste sábado (28), mais de 150 pontos de imunização. A data marca o Dia Mundial contra a Raiva e também o último da campanha de vacinação antirrábica, iniciada neste mês. Até o momento, mais de 49 mil doses já foram aplicadas em cães e gatos.
Segundo o subsecretário de Vigilância à Saúde da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fabiano dos Anjos, o objetivo é criar um cordão de isolamento por meio dos animais, para que a doença não afete os humanos. “É importante que a população se mobilize e leve os seus animais para vacinar. Protegendo-os, também protegemos as pessoas e, como comunidade, estamos ajudando a manter o Distrito Federal livre da raiva”, reforça. Em 2023, a capital registrou mais de 14 mil casos de atendimento antirrábico humano. A maioria das agressões foram causadas por cães (78,3%) e gatos (19,1%).
Com o intuito de tornar a vacinação mais acessível, a campanha anual no DF, conforme preconizada pelo Ministério da Saúde, já levou doses antirrábicas a escolas, pet shops, condomínios, praças, administrações regionais, feiras e unidades de saúde. O serviço é gratuito e podem ser imunizados cães e gatos maiores de três meses. Fêmeas prenhas ou que estão amamentando não podem tomar a vacina.
Prevenção
A campanha antirrábica intensifica as ações em torno da prevenção contra a doença. As doses, contudo, são oferecidas gratuitamente pela SES-DF ao longo de todo o ano, por meio dos Núcleos Regionais de Vigilância Ambiental, de segunda a sexta-feira, em dias úteis.
Entretanto, além de imunizar os pets, é fundamental evitar mexer ou tocar diretamente em cães ou gatos desconhecidos ou em morcegos e outros animais silvestres. Caso a pessoa encontre animais com suspeita de raiva, vivos ou mortos, é preciso comunicar à Vigilância Ambiental por meio do Disque Saúde (160).
Sintomas
Quando contaminado pela raiva, o animal apresenta comportamento agressivo, podendo morder pessoas, outros bichos e objetos. Em geral, eles ficam hipersensíveis à luz e aos sons, procurando lugares escuros. É comum ainda apresentarem boca aberta e com muita salivação; recusarem alimentos ou água; terem dificuldade para engolir; entre outros sinais. Se houver agressão por animais desconhecidos ou suspeitos desses sintomas, a orientação é:
- Lavar bem o ferimento com água e sabão;
- Procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e informar detalhadamente o ocorrido;
- Manter o seu cão ou gato em observação (com água e comida) por dez dias quando ele agredir uma pessoa;
- Nunca interromper o tratamento por conta própria.
*Com informações da SES-DF