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Brasília

DF é referência nacional em gestão de custos da saúde pública

Na prática, no DF é possível saber o quanto é efetivamente gasto em unidades ou serviços de saúde, o que ajuda na prestação de contas

Redação Jornal de Brasília

13/07/2023 19h23

Com mais de dez anos desde o início do projeto-piloto, a experiência de gestão de custos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) é destaque nacional como exemplo de iniciativa para ampliar a transparência do uso de recursos públicos e facilitar a tomada de decisões pelos gestores. Na prática, no DF é possível saber o quanto é efetivamente gasto em unidades ou serviços de saúde, o que ajuda na prestação de contas e auxilia no planejamento.

A experiência da SES-DF foi destaque na 17ª Conferência Nacional de Saúde e está na pauta do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Gestores de cidades e de estados também já convidaram técnicos do DF para apresentar como o trabalho é desenvolvido.

Do total de 355 unidades de saúde com dados inseridos no Sistema de Apuração e Gestão de Custos do SUS (ApuraSUS), do Ministério da Saúde, 123 são da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Iniciado em 2008 como projeto-piloto, o trabalho foi expandido nos últimos anos e houve ainda a padronização de processos. Hoje, 100% dos hospitais e das unidades de pronto atendimento já aderiram ao programa de gestão de custos, além de 80% das unidades de atenção primária e 66% daquelas de atenção secundária.

“A implementação da gestão de custos auxilia na tomada de decisão baseada em informações de custos, o que há poucos anos não conseguimos. Também possibilita atender às demandas dos órgãos de controle, dando mais transparência na utilização do recurso público. Outro ganho relevante é a organização dos processos de trabalho nas unidades”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

Saber os custos de cada serviço permite melhor planejamento da distribuição dos recursos e um levantamento mais eficiente de projeções financeiras para iniciativas futuras, como a construção de novos hospitais e a contratação da rede de saúde suplementar.

Exemplos

Com a gestão de custos, é possível saber, por exemplo, que em 2022 o custo operacional mínimo de um hospital da rede pública foi de R$ 5,4 milhões ao mês, enquanto o gasto máximo somou R$ 62 milhões. Nas policlínicas, a média ficou em R$ 1,1 milhão. Uma unidade básica de saúde do tipo I, com até três equipes de estratégia saúde da família, consome mensalmente cerca de R$ 304 mil. Já as do tipo III, com mais de três equipes, necessitaram de R$ 985 mil ao mês.

É possível comparar ainda unidades de acordo com a produtividade e o custo, bem como regiões do DF. Até o custo diário de um paciente na UTI pode ser estimado com precisão. Tudo isso envolve desde o material de consumo e gastos com terceirizados até despesas gerais, como contas de água e de luz, sem contar os investimentos.

O diretor de gestão regionalizada da SES-DF, Guilherme Mota, ressalta os resultados com o reforço de servidores das áreas de administração, contabilidade e economia na pasta. “Conseguimos aprimorar nossas análises com desenvolvimento de métodos e painéis mais sofisticados, elaboração de relatórios gerenciais e realização de estudos que envolvem avaliação econômica em saúde.” Ele também destaca o próprio dia a dia das unidades, com monitoramento da distribuição de materiais, controle de notas fiscais e acompanhamento de despesas como água e energia.

Cases de sucesso

A experiência exitosa na gestão da SES-DF e a campanha de vacinação nas 698 escolas públicas serão compartilhadas no XXXVII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), que acontece de 16 a 19 de julho, em Goiânia (GO).

Na próxima terça-feira (18), a gestora da pasta, Lucilene Florêncio, apresenta os principais desafios, conquistas e estratégias da campanha de vacinação nas escolas e as articulações com a Secretaria de Educação do Distrito Federal para aumentar a cobertura vacinal. A participação da secretária ocorrerá durante o Simpósio Pfizer, que tem como tema: “Escola: uma aliada da vacinação infantil”. O evento começa às 14 horas.

Já a implantação da gestão de custos nas unidades de saúde do Distrito Federal será abordada pelo diretor de Gestão Regionalizada da SES-DF, Guilherme Mota, no estande da Opas, com apresentações às 11h e 16 horas.

XXXVII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde

Simpósio Pfizer – “Escola: Uma aliada da vacinação infantil”
Data: 18/07 (terça-feira).
Local: Goiânia (GO).
Horário: 14h.
Tema: Experiência exitosa: SES-DF e a vacinação nas 698 escolas públicas.
Participação da secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

Estande da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)
Data: 18/07 (terça-feira).
Local: Goiânia (GO).
Horário: 11h e 16h.
Tema: Experiência da SES-DF na implantação da gestão de custos nas unidades de saúde.
Participação do diretor de Gestão Regionalizada da SES-DF, Guilherme Mota.

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