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Brasília

Crianças do Paranoá recebem presentes do Papai Noel dos Correios

A campanha Papai Noel dos Correios prestigiou mais de 700 crianças do Paranoá, atendendo os pedidos das cartinhas de Natal

Redação Jornal de Brasília

23/12/2021 19h49

Atualizada 24/12/2021 6h23

Foto: Luciana Costa/Jornal de Brasília

Por Luciana Costa
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Todas as crianças matriculadas do Centro de Ensino Infantil 01 do Paranoá foram presenteadas pelo Papai Noel dos Correios em meados de dezembro. Após dezoito meses de distanciamento social, os 695 alunos receberam pessoalmente o Papai Noel com muita alegria e encantamento na quinta-feira (16). A experiência tornou-se inesquecível tanto para os pequenos quanto para seus familiares, que não tem condições financeiras para presenteá-los no Natal.

A tradicional campanha Papai Noel dos Correios prestigiou as crianças das regiões próximas do Paranoá, como Itapoã e Paranoá Park. Essa grande corrente do bem une esforços da estatal, empregados e sociedade em geral para atender, dentro do possível, aos pedidos de presentes daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social. E, principalmente, dissemina valores de solidariedade e estimula crianças a expressarem sua criatividade, sonhos e esperanças por meio das cartinhas enviadas ao Bom Velhinho.

Para a entrega, o presidente dos Correios, Floriano Peixoto, compareceu acompanhado da Diretoria da empresa, além de representantes da Secretaria de Educação do GDF, padrinhos convidados, empregados e toda a comunidade escolar. A diretora do Centro de Ensino Infantil 01, Raquel Mendes, contou que muitas crianças ainda tinham experienciado este momento de encontro com o Papai Noel.

“No ano passado, alguns ‘papais noel’ estavam até dentro de bolhas, por causa da pandemia. Então, nesta ação dos Correios, para quase todas as crianças, de 1 a 4 anos foi o primeiro contato não só com o Papai Noel, mas também com tudo que envolve o espírito do Natal”, comentou a professora.

A professora Paula (foto) contou que, para as crianças, a época de Natal é um momento mágico e quase surreal a possibilidade de poder se encontrar com o Papai Noel. Elas ficaram extasiadas ao desenharem nas cartinhas o que elas desejavam receber de presente. Por ainda não saberem contar os dias, os professores tiveram que fazer uma contagem regressiva com os alunos para a tão esperada visita do Bom Velhinho.

Ela falou que na véspera, algumas mães contaram para mim que o filho não estava conseguindo dormir ou que estava ansioso para a chegada do Papai Noel, até preocupadas se realmente viria mesmo. “No dia 16/12, quando o Papai Noel entrou dentro da sala de aula, eles puderam abraçar o Papai Noel, conversar com o Papai Noel, eles saíram daqui muito felizes. Os alunos começaram a se abraçar desejando Feliz Natal para os outros, compartilhando a novidade do presente, todos eles começaram a fazer aquela festa por ver que o colega também recebeu o presente que tinha pedido”, narrou Paula.

“Pessoalmente e como professora também, eu acredito muito nesta campanha dos Correios por trazer muita esperança para as crianças, principalmente para aquelas que não recebem um presente de Natal. É um projeto que deveria ser estendido para todas as escolas públicas do Brasil, meu desejo é que todos os anos tenha aqui na escola para poder atender as minhas crianças”, ressaltou a professora de ensino infantil. Na campanha deste ano, mais de 130 mil cartas foram adotadas em todo país, promovendo o reencontro mágico entre o Papai Noel, padrinhos e crianças.

De uma alegria contagiante, o Samir (foto) de 5 anos disse estar animado para o Natal, porque, para ele, é o dia de se divertir e encontrar muitas crianças para brincar e fazer amigos. Ao lado da esposa Fabiana, o pai de Samir, Mateus Fernandes, 45, diz que ensina ao filho que o Natal é esperança. “Seja como for, tem um lugar no ano em que as pessoas se abraçam e nutrem o nosso sentimento de felicidade, de gratidão. O projeto do Papai Noel dos Correios possibilita essa inclusão, todo mundo vive isso e as crianças que participam do projeto vivem também”, falou ele.

Mateus também conta que como foi enorme felicidade do filho por ter recebido recebeu a primeira opção de presentes: um conjunto de beyblades. “Desde chegar em casa, falando “eu fiz uma carta para o Papai Noel lá do Pólo Norte!” até o retorno do presente pedido na cartinha, com a certeza de que ele ia chegar. Isso nos deixava muito tranquilos para poder alimentar essa expectativa, essa esperança”, contou Mateus.

O primeiro contato entre as crianças

Para os pais e os servidores de Educação, o retorno às aulas presenciais é de suma importância para o desenvolvimento das crianças, da faixa etária de 0 a 5 anos. Na idade do Samir e seus colegas de turma, de 4 a 5 anos, é caracterizada pela formação do ego, onde deve-se ensinar o ato de dividir os brinquedos, compartilhar materiais e ajudar o próximo.

Para Mateus Fernandes, pedagogo e pai do Samir, a mudança de comportamento do filho foi notada facilmente após a volta às aulas em agosto de 2021. É o primeiro ano escola de Samir na escola, sendo presencial o segundo semestre letivo. “Só nesses seis meses de escola, eu senti uma diferença no comportamento dele, sobretudo na ansiedade que ele já tinha em relação aos ter amigos e brincar com alguém. A tela e um sistema de ensino remoto não dão conta disso, porque a criança precisa de contato com outras crianças da mesma idade”, observou ele.

Já para os funcionários do Centro de Ensino Infantil 01 do Paranoá, o desempenho da aprendizagem das crianças aumentou ao estar na mesma salinha que os colegas. “Na volta presencial, eu pude observar isso uma empatia maior com outros, estão mais carinhosos. As crianças estavam com uma certa carência de afeto, entre as crianças mesmo, uma necessidade da interação com outras crianças, já que a maioria delas conviviam apenas com pessoas adultas durante a pandemia”, opinou a professora da turma de 4 anos.

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