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Brasília

Crianças da região administrativa Água Quente não tem onde estudar

Às portas do ano letivo, pais não sabem o que fazer

Redação Jornal de Brasília

01/02/2024 20h05

Alunos da Escola Classe Vila Buritis estão sem rumo, após serem informados que não poderiam continuar na escola.

O informe foi feito aos pais no final do ano passado, dizendo que as inscrições deveriam ser feitas em uma instituição próxima, a Myriam Ervilha. No entanto, quando foram fazer a matrícula, a escola informou que as crianças não estudariam lá. Os pais ainda esperam uma resposta.

O que foi informado é que a Escola Classe Vila Buritis continuaria funcionando, mas em outros parâmetros. “A Secretaria reformulou as matrículas para tentar acolher as crianças moradoras do setor para estudarem no próprio setor, no caso na Escola Classe”, informou Rudineia Santana, professora que trabalha na instituição.

Para tornar o ensino mais abrangente, a instituição foi instruída a atender somente turmas, do 1º ao 3º ano do ensino fundamental, de modo que as crianças do 4º e 5° ano fossem ter aula CED Myrian Ervilha, mas, como Rudineia pontuou, “não tem escola o suficiente”. As crianças que deveriam ir para lá não encontraram vagas. “Eles [a Secretaria] falaram que vão alugar um espaço, que estão preparando”, disse a professora, sem no entanto dar certeza de que isso foi cumprido. A Secretaria também não citou planos de alugar um local.

A resposta que o Centro Educacional Myriam Ervilha conseguiu dar aos pais foi de que, talvez a Secretaria remanejaria os alunos para outras instituições, sem fazer menção a nenhum endereço específico. Semana passada os pais foram, novamente no local, e descobriram ainda não haver um entendimento e que, se houvesse, viria depois do carnaval, em si, a 6 dias de distância do início das aulas.

Uma das que sofre com a incerteza é Zenaide Sousa Miranda. A vendedora conta que 3 de seus 5 filhos estão enfrentando as consequências da confusão. Um de 6, que, saído da pré escola, deveria ter garantido uma vaga na escola classe, mas, segundo a mãe, não conseguiu; Um de 10 que também encontra problemas para permanecer na Vila Buritis; E uma filha de 15 que precisará cursar o último ano do ensino fundamental a quilômetros de distância, no Recanto das Emas. Segundo diz a mãe, a sorte dela é que a caçula ainda está na creche, dentro de Água Quente, e  que a mais velha conseguiu, ano passado, terminar o fundamental perto de casa, no Myriam Ervilha.

Em resposta às reclamações dos pais, a Secretaria informou que a montagem das turmas para 2024 se encontra em fase de planejamento, e que trabalha para ajustar eventuais mudanças, caso se façam necessárias, de acordo com a Estratégia de Matrículas do ano letivo de 2024 e as necessidades de cada comunidade escolar. Ajustes finais estariam sendo feitos para que as crianças possam ser atendidas perto de casa.

O órgão destaca ainda a presença de três instituições de ensino em Água Quente, que seriam a própria Vila Buritis, o Centro Educacional Myriam Ervilha e o Centro de Educação Infantil Buritizinho, além de uma creche privada conveniada com o governo, o Pelicano Centro de Convivência e Educação Infantil. Em 2023 as instituições teriam atendido cerca de 2.900 alunos.

Há ainda, segundo a pasta, planos para a criação de mais quatro escolas na região.

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