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Brasília

Creche de Santa Maria pede ajuda

Arquivo Geral

13/08/2013 7h08

A creche Assistência Beneficente Casa da Criança, em Santa Maria,   acolhe 57 crianças, mas tem mais de cem na lista de espera. Com dificuldades de arcar com todas  as despesas, o espaço, que sobrevive de doações de voluntários, corre o risco de fechar as portas.

 

Atualmente, a instituição  não recebe   verba do governo por falta de cadastro no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). O registro é necessário para o cadastramento junto a Receita Federal. “Nós encontramos um contador que faz esse trabalho de solicitação, mas ele cobrou R$ 2 mil. Não tenho esse dinheiro”, lamenta Andréia Aparecida, uma das responsáveis pelo espaço.

 

O projeto teve início com os pais de Andréia. Os dois cuidavam das crianças do bairro sem cobrar nada. “Eu não quero a ajuda para mim. Eu quero terminar o trabalho do meu pai”, esclarece, emocionada.

 

Há 12 anos, a iniciativa atende pessoas carentes do condomínio Porto Rico. Como a capacidade é restrita, existem critérios de seleção: “Nós vemos se os pais trabalham e se podem pagar por outra creche”, explica Andréia.

 

Aluguel

 

O aluguel do espaço é de R$ 850. A quantia fica sob responsabilidade de um grupo de sete médicos que atualmente trabalham no Hospital de Base. Andréia conta, aflita, que depois de seis meses de contrato, o proprietário do imóvel manifestou interesse em aumentar o valor da mensalidade.  A empresa Ivan Nonato Imóveis também proporciona ajuda financeira regular.

 

Mas as despesas não param por aí. É de responsabilidade dos administradores do espaço quitar os salários mensais da pedagoga e cozinheiro,  que também giram em torno de R$ 850. Os demais funcionários recebem apenas um salário-mínimo.

 

As dificuldades aumentaram após um roubo ocorrido em dezembro passado, quando brinquedos recém-doados foram levados pelos criminosos.

 

Depois de  tantas adversidades, Andréia foi diagnosticada com trombose, e os gastos com os remédios foram altos. Tendo despesas mensais em torno de R$ 18 mil, a creche vive de constantes doações.

 
Família de voluntários
 
Cada integrante da família de Andréia é responsável por alguma atividade.   A nora Vanessa Richelly, 22 anos, faz trabalhos administrativos e capta doações de voluntários. “Gosto de ajudar. Quero crescer junto com a creche”, conta.
 
O marido de Vanessa e filho de Andréia, Douglas Ebeneger, ajuda na divulgação do trabalho.  O outro filho, Wesley Matheus, 18 anos, ajuda a mãe desde os 11 anos.  “Gosto do que faço. Amor é o que sinto. Faço por amor”, conta. Há também uma nutricionista que elabora o cardápio para as crianças, e o cozinheiro,  João Gualberto, que tem  trabalhado ali desde sua fundação.
 
O espaço conta ainda com duas monitoras. Uma delas, Cleide Samya, trabalha na creche há três anos. Ela explica que são preparadas previamente atividades para as crianças realizarem no decorrer da semana.  “Amo o que faço”, enfatiza. Miriam de Jesus, responsável pela limpeza do local, conta que começou a trabalhar no espaço por indicação de uma de suas amigas. “Gosto de lidar com crianças”, afirma.
 
Serviço:
 
– É possível fazer doações entrando em contato por meio  dos telefones 3393-0491 ou  9164-4581. Há também o  site www.casadacriancaprojetodevida.anawebs.com.

 
– Depósitos podem ser feitos no  Bradesco, agência 2113-0, conta corrente 0036294-8.
 
 
– A creche atende a  crianças de dois a cinco anos. O horário de funcionamento é das 7h às 17h.
 
 
– Há crianças que permanecem   por tempo integral, e outras ficam   por meio período.

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