A Secretaria de Saúde do Distrito Federal recomendou, nesta quinta-feira (02), o retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção contra a covid-19 em ambientes fechados.
Segundo a Secretaria Adjunta de Assistência à Saúde, a recomendação tem como base o recente aumento de casos da doença na capital e a alta na Taxa de Transmissão (Rt).
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje, em 24 horas, foram registrados 2.970 novos casos de covid e o índice de transmissão está em 1,46. Vale lembrar que, acima de 1, a taxa indica que a pandemia está tendendo a avançar. Essa taxa significa que 100 pessoas infectadas infectam outras 146.
“Considerando o aumento de atendimentos nas unidades de saúde e o aumento da necessidade de internações, a série histórica da lista de espera por leitos de UTI Covid e a taxa de ocupação dos leitos em 100%”, diz o texto.
Ainda segundo a recomendação, no momento de publicação do documento, havia seis pessoas na fila para um leito de internação, cinco pacientes direcionados para o isolamento e uma criança também aguardando um leito.
“Esta Câmara Técnica sugere a retomada da obrigatoriedade do uso de máscaras faciais de gramatura adequada, cobrindo nariz e boca, em todos os ambientes fechados e ambientes públicos do DF nos quais haja aglomeração de pessoas”, continua o documento da secretaria.
Segundo levantamento da Dasa, o DF apresentou a maior taxa de testes positivos nos últimos sete dias, com um crescimento de 13%.
“Sugerimos também campanhas publicitárias que orientem sobre a importância de ventilar os ambientes, evitar aglomerações, higienizar as mãos e completar o esquema vacinal contra a covid-19 tão logo possível”, finaliza.
Veja o documento na íntegra:
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Último boletim
Desde o início da pandemia, 715.938 pessoas já foram infectadas na capital, sendo que 96,4% (690.008) deste número estão recuperados. Do total de casos, 11.692 (1,6%) faleceram pelo vírus.
Mesmo com as altas, ninguém faleceu em decorrência de complicações da doença. Dos óbitos que ocorrem em dias anteriores e são registrados depois, também não foi identificado.
As regiões com mais casos confirmados são Ceilândia (69.469), Plano Piloto (85.267) e Taguatinga (54.174). A maior taxa de mortalidade é em Ceilândia (1.765) e Santa Maria (483), ambas com 2,6%.
Os dados ainda mostram que, do total de mortes, 1.015 não eram residentes da capital, sendo, 872 de Goiás (entorno), um do Acre, um de Alagoas, três do Amapá, 30 do Amazonas, 18 da Bahia, três do Maranhão, sete do Mato Grosso, 48 de Minas Gerais, um do Piauí, cinco do Rio de Janeiro, quatro de Rondônia, sete de Roraima, dois de Santa Catarina, cinco de São Paulo e cinco do Tocantins, um do Ceará e um do Espírito Santo.
