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Brasília

Consumidores do DF têm buscado controlar finanças

Indicadores de pesquisa da Serasa apontam que o comportamento do consumidor na capital tem sido mais consciente

Vítor Mendonça

20/09/2023 19h15

Os consumidores do Distrito Federal querem parar de se endividar. É o que indica o levantamento feito pela Serasa para entender o comportamento e a relação com o dinheiro entre os estados do Brasil. Conforme os dados apurados, o principal objetivo do brasiliense com a organização das finanças é não se endividar. A capital foi a que teve maior expressividade neste propósito em relação aos 26 demais estados do país, correspondendo a 51% dos entrevistados no DF.

O DF é a terceira unidade da federação com a maior porcentagem de inadimplentes do país, isto é, que possuem dívidas atrasadas, como as faturas do cartão de crédito. Dados do último levantamento do Mapa da Inadimplência do Serasa, de julho, indicam que a capital tinha 52,24% da população nesta situação, atrás apenas dos estados do Rio de Janeiro (53,11%) e Amapá (52,34%).

Como parte do movimento para evitar gastos desnecessários e monitorar as finanças, a fim de garantir a durabilidade do dinheiro ao longo do mês, 57% dos brasilienses procuraram conteúdos sobre finanças pessoais nas redes sociais, estando na quinta posição entre os estados que mais fazem este acompanhamento com influencers digitais, juntamente com Mato Grosso e Roraima, que obtiveram a mesma porcentagem.

Também como maneira de aperfeiçoar o controle das finanças, já realizaram cursos de educação financeira 33% dos entrevistados do DF – dois pontos percentuais acima da média nacional, igualmente com Sergipe. A pesquisa aponta que 6 em cada 10 brasilienses costumam controlar as finanças mensalmente, mas, no dia a dia, 23% afirmam que gastaram mais do que pretendiam no último mês de julho, 14% cancelaram compromissos por não poderem gastar, e 13% se arrependeram de ter feito algum gasto por impulso.

Apesar disso, o sentimento do consumidor do DF é positivo. Cerca de 54% dos entrevistados afirmaram que estão otimistas com relação ao controle do dinheiro nos últimos anos. Além desses, 46% afirmam que estão seguros de que conseguirão resolver as pendências financeiras e cerca de 43% ainda apresentam preocupação com o futuro. A população, em geral, está com menos medo com relação ao manejo do dinheiro que nos últimos anos.

PIX e crédito

No DF, o PIX é a modalidade de pagamento mais recorrente. O levantamento indica que 70% dos entrevistados utilizam a transferência instantânea como principal meio de transações financeiras. O cartão de crédito aparece em segundo lugar, com 50% da população, e em terceiro está o cartão de débito, sendo 40%.

A compra parcelada, por outro lado, ainda é frequente na capital. Tal parcelamento das contas acontece em maior parte no cartão de crédito de terceiros (38%), enquanto o boleto e o crediário em lojas específicas correspondem às segundas modalidades mais procuradas para dividir as dívidas nos meses subsequentes às compras (25% e 20%, respectivamente).

A busca por crédito já foi procurada por 77% dos consumidores brasilienses, sendo que cerca de 51% dos entrevistados procurou esta opção há pelo menos 12 meses. Os principais objetivos para utilizar o crédito são o pagamento de dívidas (38%), seguido de limpar o nome (20%), e para pagar despesas inesperadas (19%).

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