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Brasília

Comerciantes de feiras no DF estão empolgados com vendas

A chegada do Natal nos próximos dias representa maior margem de lucro e um respiro nas contas

Vítor Mendonça

20/12/2023 9h55

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Os comerciantes das feiras do Distrito Federal estão empolgados com as vendas de Natal. Com variadas opções de presentes, desde roupas e acessórios até aparelhos eletrônicos, os mercadores da Feira dos Goianos, em Taguatinga, e da Feira dos Importados, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), apostam em um crescimento significativo nas vendas com o aumento de consumidores nos locais.

Viviane Nunes é gerente na loja Juza Kids, dentro da Feira dos Goianos. De acordo com ela, em dezembro o movimento dentro da loja já aumentou 80% em comparação aos demais meses. “É a época mais aguardada para a gente, quando as vendas aumentam mesmo. Afeta o comércio como um todo, que todo mundo vende bem”, disse. Especializada em roupas infantojuvenis, a loja prevê um crescimento total de 25% a 30% nas vendas neste fim de ano.

“Era o que a gente estava esperando mesmo. Com as vendas, a comissão aumenta, então é bom para todo mundo. Essa é a melhor época do ano”, acrescentou. As peças mais procuradas são as de R$ 15,00, em maioria para crianças de 6 a 8 anos.

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Um dos consumidores do local foi Bruno Alves, 37, que sabendo do aumento do movimento, não quis deixar para a última hora as compras de Natal. De acordo com o pedreiro, que foi à loja com a esposa, Raine Alves, 31, a procura foi por roupas para presentear os cinco filhos, dos quais três acompanharam as compras.

Segundo ele, a estratégia de fazer as compras mais cedo foi para evitar pagar mais caro depois, caso alguma loja aumente os preços conforme a data do Natal se aproxima. “Compramos só o básico mesmo. Vim mais cedo para pegar o preço mais barato. Se deixar para vir em cima da hora, pode ficar mais caro”, disse. Os preços que encontrou “couberam no bolso”, conforme explicou.

A empresária Elisângela Mendes, 41, proprietária da Fêmina Acessórios, desde 2006 na Feira dos Goianos, explica que foram meses se preparando para o comércio de Natal. Conforme destacou, as vendas já começaram a dar sinais de crescimento – e a tendência é aumentar ao longo da semana. “O dia 23 é com certeza o mais movimentado, porque muita gente deixa para a última hora”, afirmou.

“Dezembro realmente dá uma aquecida, também por conta do 13º. As pessoas vão se presenteando e se preparando para os eventos. Eu me preparei para esse mês e tenho colhido os frutos positivamente”, pontuou. Ainda em novembro, segundo ela, as vendas começaram a aumentar. Depois do Natal, o foco das vendas é para o Réveillon.

A maior busca tem sido por colares e brincos para presentear familiares e amigos em geral, com média de gasto entre R$ 25,00 e R$ 35,00 por presente. Por outro lado, as bolsas também têm sido um dos focos para presentes especiais, como para mães e esposas. Nestes itens, a vendedora destaca que os consumidores estão dispostos a gastar um pouco mais, podendo passar de R$ 120.

“O movimento dobrou e a expectativa é de crescimento de 40%. […] Esse valor vem para agregar o fundo de caixa e o capital de giro. Dezembro é um salto positivo que temos que saber lidar e nos preparar para os meses seguintes, quando as vendas caem um pouco por conta da volta às aulas em janeiro e despesas de IPTU e IPVA em fevereiro”, explicou.

A vendedora ambulante de óculos da Feira dos Goianos, Divonete Souza, 52, está há cinco anos no local comercializando os acessórios. Apesar do maior movimento em geral, as vendas não estão tão boas, segundo ela. “Esse Natal está sendo fraco para a gente. Como o custo das coisas em geral está caro, falta dinheiro para as pessoas gastarem. Está difícil”, disse.

Grande parte dos consumidores procura a vendedora para comprar produtos para si, sem ser para presente. A esperança de vendas melhores está para o restante da semana, com a expectativa de aumento de pessoas na feira. “Acho que vai dar uma melhorada. Já começou a melhorar em comparação aos meses passados, mas não era o que estávamos esperando”, finalizou.

Feira dos Importados

Na Feira dos Importados, a proprietária da loja Griffe da Lau, que vende roupas femininas, afirma que nesta semana o movimento melhorou bastante em relação à semana passada, mas ainda sem lotar o local. “Nem sempre a feira cheia significa vendas – podem vir para passear ou lanchar –, mas as pessoas que estão vindo estão comprando”, pontuou.

Ela espera um crescimento de 20% neste ano. Segundo ela, dentro da loja, as vendas ainda não atingiram o pico. “Estamos chegando perto do Natal e estamos esperando o ‘boom’ de consumidores, aqueles que deixam para a última hora, como sempre”, destacou.

As blusas têm sido as mais procuradas como opção para presente de Natal neste ano – as calças seguem em segundo lugar na escolha. “É um mês que muita gente se presenteia, com amigo secreto, as pessoas querem se reunir e se vestir melhor”, disse.

As peças com cores temáticas do Réveillon, como tons de branco e dourado, estão expostas na vitrine, já como estratégia para atrair mais clientes. “Como o Natal é uma festa mais para a família, o foco é outro. Na virada do ano o foco está em festas, por exemplo”, comentou.

Luciano da Silva, proprietário da unidade da Soberano Geek na Feira dos Importados, há 10 anos no local, afirma que pelo tipo de mercadoria que vende, a principal busca é para presentes neste fim de ano. Entre canecas, chaveiros e bonecos colecionáveis, as vendas variam bastante, de acordo com o gosto de cada cliente. Conforme contou, a expectativa de aumento nas vendas é de 60%.

Diante de um ano que, segundo ele, não está sendo bom para o comércio, o aumento das vendas na época de Natal representa “o fôlego do final do ano”. “É uma época festiva, em que muitos recebem o 13º, todos têm família, amigos, confraternização de empresas, então movimenta o comércio”, finalizou.

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