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Brasília

Com medo de demissões, garis fazem paralisação na manhã desta quarta (3)

Arquivo Geral

03/10/2018 20h27

Mesmo com cinco horas de paralisação a limpeza do DF foi feita. Foto: Sindlurb/Divulgação

Lígia Vieira
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Os garis do Distrito Federal (DF) fizeram, na manhã desta quarta-feira (3), uma paralisação durante cinco horas em várias regiões do DF. O Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza Urbana do DF (Sindlurb) convocou a mobilização dos funcionários da área, pois acreditava que haveriam novas demissões devido ao vencimento, em 17 de outubro, dos contratos com as duas empresas – Sustentare e Valor Ambiental – que fazem esse tipo de serviço atualmente.

No início do dia, o Sindlurb fez pedidos para se encontrar com o Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU). Nos cálculos da associação da classe seriam 2 mil trabalhadores que perderiam o emprego num cenário em que o desemprego no DF atinge 299 mil cidadãos, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) de agosto realizada pela Codeplan.

O diretor financeiro da Sindlurb Raimundo Nonato Amaral relembrou também que as áreas ocupadas na cidade aumentaram, então reduzir o quadro causaria um problema na limpeza local. “Espero que o governo, através do SLU, chame a gente para negociar e resolva isso o mais rápido possível. Quem acaba pagando o pato é a população que já paga muito imposto e que vai ficar com o lixo na rua sem ser recolhido”, explica.

O SLU declarou que não haverá redução no número de funcionários nas novas licitações. Foto: Sindlurb/Divulgação

Até às 10h da quarta-feira, o processo da licitação eletrônica estava em análise pelo SLU e a pasta apenas validou o pregão nesta manhã. “A preocupação da categoria, era em relação ao número de pessoas demitidas, porém essas afirmações não têm fundamento, pois não vai ser diminuída a quantidade de funcionários”, afirmou a diretora-presidente do SLU Kátia Campos.

Inclusive nesta nova licitação, o SLU fez um pedido para ter mais uso de máquinas na limpeza das ruas e na pintura do meio fio. A pasta também declarou que esse fato não causará redução do número de garis, já que recentemente a Orla do Lago Paranoá se tornou pública e é uma grande área que precisa de bastantes trabalhadores para realizar a limpeza.

Outro fato que chamou atenção do Sindlurb é que houve a demissão de 61 garis, sem previsão de contratação de novos. Porém, Kátia Campos explica que todo mês as empresas de limpeza pública contratam e demitem novos funcionários. “Desta vez, a categoria deve esperar uns 15 dias para novos trabalhadores serem contratados, pois isso depende de a nova licitação entrar em vigor”, promete a diretora-presidente do SLU. 

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