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Brasília

Celina Leão anuncia novo protocolo de atendimento para casos de dengue no SUS

GDF se reuniu nesta quarta com representantes de hospitais particulares para implementar novo padrão na rede privada

Vítor Mendonça

13/03/2024 19h28

A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, anunciou nesta quarta-feira (13) um novo protocolo de atendimento para casos de dengue na rede pública, elaborado pelo Ministério da Saúde. O novo modelo estabelece a classificação de quatro grupos de risco da doença, desde o A, com manifestação mais branda da dengue, até o D, com sintomas de gravidade.

Confira o novo protocolo de atendimento:

No Palácio do Buriti, Celina trata do protocolo com representantes de mais de 20 hospitais privados do DF, a fim de solicitar a atenção padronizada com o novo protocolo em cada uma das unidades hospitalares. A reunião iniciou por volta das 16h e seguiu por mais de duas horas e meia no Salão Nobre do Executivo.

Em coletiva, a vice-governadora destacou que a integração de protocolos entre a rede pública e a rede privada é de extrema importância para a identificação e monitoramento dos casos de dengue, sejam leves ou de gravidade, levando a óbito.

“Há uma necessidade de nivelamento de protocolos e procedimentos, e é isso que estamos fazendo no GDF. Chamamos a rede privada para a gente discutir, porque o que estamos enfrentando não é nada do que passamos nos últimos 10 anos”, disse Celina. “Estamos solicitando a colaboração de todos [os hospitais privados, para que sigam o novo protocolo de atendimento da dengue].”

Estudos sobre mutações

Em razão do aumento dos casos, principalmente os de óbitos, a o Governo do DF convocou institutos de pesquisa para levantar novos estudos sobre a doença na capital. A intenção é investigar se há mutações genéticas entre os quatro sorotipos de dengue conhecidos hoje pela ciência e pela medicina, e averiguar o que pode ser feito para diminuir as mortes e a proliferação do vírus pelo mosquito Aedes aegypti.

“Ano passado nós tivemos um óbito. […] Nesse momento a gente precisa de estudar mais a respeito. Já fizemos isso no DF. Chamamos a Fiocruz, o Ministério da Saúde, a UnB, para que a gente possa estudar realmente o que estamos vivendo no Brasil”, destacou a vice-governadora.

Paralelamente aos estudos, Celina ressalta que os casos de óbito da rede pública têm sido compartilhados com a privada e que há um pedido “para que não subnotifiquem os casos”, a fim de enfrentar o problema “na linha de frente”, conforme defendeu.

“Não subestimem a doença”, apelou Celina. “A dengue de agora é uma dengue que desidrata em 24h, que pode levar a uma situação de coma em 24h [o que não acontecia nos anos anteriores]. O protocolo é simples: hidratação. Em caso de ter tido atendimento e hidratação, se voltar a ter diarreia e vômitos, tem que voltar para o SUS ou para o hospital privado”, pediu.

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